Amarante,
Porto, 21 mai (Lusa) - Uma estudante de biologia, de 19 anos, de Amarante, vai
participar numa missão de voluntariado de preservação da natureza na Indonésia,
estando a organizar uma campanha para reunir 3.000 euros para custear a
iniciativa.
"Acredito
na solidariedade das pessoas para conseguir angariar o total necessário até ao
verão de 2017", disse a jovem, em declarações à Lusa.
Marisa
Naia vai promover a venda de rifas e outras atividades envolvendo a comunidade.
A estudante estima precisar de 3.000 euros, verba que prevê ser suficiente para
custear a expedição (1.880 euros), o voo e o equipamento.
"Escolhi
a Indonésia como destino. Lá pretendo intervir na parte florestal e marinha e
serei integrada num grupo de investigação", assinalou Marisa Naia, de 19
anos, em declarações à Lusa.
Este
tipo de expedições e os projetos de investigação são, explicou, financiados
pelos estudantes que aceitam participar como voluntários.
A
Operation Wallacea, assinalou a jovem, já descobriu espécies novas por todo o
mundo e algumas que tinham sido dadas como extintas, mas foram redescobertas.
Segundo
explicou a estudante, a sua missão, durante duas semanas, no verão de 2017,
será auxiliar os investigadores, o que permitirá aprender as técnicas
utilizadas e adquirir conhecimentos sobre a fauna e a flora do país.
A
jovem de Amarante frequenta o segundo ano de biologia da Faculdade de Ciências
da Universidade do Porto e pretende seguir carreira em conservação de espécies.
Para
a futura investigadora, o mais importante desta ação de voluntariado será
reunir conhecimentos sobre "o que fazer para garantir um melhor planeta
para as futuras gerações".
Marisa
decidiu integrar o programa de voluntariado, depois de conhecer a Operation
Wallacea, organização internacional que atua em vários sítios do mundo, onde se
observam fenómenos ligados à extinção de espécies, desflorestação e aquecimento
global.
A
Operation Wallacea reúne investigadores consagrados e alunos inexperientes em
expedições relacionadas com a conservação da vida selvagem. O trabalho inclui a
identificação das áreas que necessitam de proteção e a implementação de
programas de conservação.
Na
área florestal, revelou Marisa Naia, o objetivo principal será o impacto da
desflorestação, que considera ser "um caso alarmante na Indonésia", e
a monitorização dos animais.
Posteriormente,
na parte marinha, a jovem frequentará um curso de mergulho que a vai preparar
para iniciar um segundo trabalho que tem como objetivo a proteção dos recifes
de coral.
"Estes
locais albergam uma infinidade de seres únicos, principalmente nesta zona, pois
é onde se encontra a maior biodiversidade de corais do mundo", explicou.
Marisa
Naia promete, no final do projeto, anunciar os resultados alcançados na
expedição.
APM
// JGJ
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