sexta-feira, 6 de maio de 2016

GNR levam "Semear Segurança" à escola portuguesa de Díli antes de alargar iniciativa


Díli, 05 mai (Lusa) - Oficiais da GNR destacados em várias funções em Timor-Leste estão este mês a conduzir um conjunto de encontros com alunos da escola portuguesa de Díli para debater aspetos da segurança, iniciativa que esperam alargar a mais escolas.

"Semear segurança" é um projeto que adapta à realidade local a iniciativa portuguesa "Escola Segura" e que envolve, neste caso, uma parceria entre a GNR, a Embaixada de Portugal em Díli e a Escola Portuguesa Ruy Cinatti.

O objetivo, como explicou à Lusa o tenente-coronel Antonio Ludovino, é eventualmente, e com o apoio da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), alargar o projeto primeiro às escolas de referência e depois à maioria das escolas do país.

"Estamos a seguir uma linha semelhante à que seguimos em Portugal e com resultados bastante positivos. Queremos alertá-los para os temas, mas o trabalho é de grande responsabilidade deles. Só podemos colher os frutos do que estamos a semear aqui se eles falarem com os colegas e sobretudo com as famílias", referiu.

Como exemplo deu as recomendações sobre segurança rodoviária e a necessidade de usar a passadeiras de peões, cujo efeito só terá impacto se os pais e familiares, condutores, também forem informados sobre como respeitar as passadeiras.

A iniciativa abrange grupos de alunos entre o 3.º o 12.º anos que queiram voluntariamente seguir as palestras oferecidas pelos vários oficiais da GNR e que abrangem temas tão diversos como Internet segura, prevenção e consumo de estupefacientes, proteção ambiental, prevenção rodoviária ou bullying, entre outros.

Alargar a iniciativa ao resto das escolas necessita, naturalmente, de mais recursos, já que os efetivos da GNR em Timor-Leste não o conseguirão fazer sem o apoio da PNTL.

Acácio de Brito, diretor da escola portuguesa, destacou a importância da iniciativa que, explicou, reflete uma vontade de aumentar a relação entre o centro escolar e a comunidade.

"A escola deve procurar uma ligação estreita com as comunidades locais, mas sobretudo com as instituições que em Timor desenvolvem a sua atividade. Queremos dar continuidade a isto se houver interesse da GNR em fazê-lo. Tentamos que as temáticas tenham a ver com melhores formas de prevenção, dando informação correta e prestando um serviço à comunidade portuguesa e timorenses", concluiu.

ASP // ARA

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