Díli,
29 jun (Lusa) - A mobilidade universitária tanto a nível nacional como
internacional tem que ser ampliada, abrangendo alunos e docentes, apostando na
colaboração em projetos de investigação e reforçando o acesso aos recursos,
disse hoje o ex-presidente do Parlamento timorense.
"É
importante regular um conjunto de situações e fomentar uma maior efetivação das
relações de reciprocidade e de mobilidade, criando um programa comum entre
todos os países da CPLP e Macau", defendeu Francisco Guterres 'Lú-Olo'.
O
atual presidente da Fretilin foi um dos convidados de honra na abertura da 26.ª
reunião da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que
decorre até sexta-feira em Díli e onde estão representantes de instituições de
ensino superior e de investigação de países lusófonos e de Macau, bem como de
outros países da região.
Na
sua intervenção defendeu um reforço quer da mobilidade entre as instituições de
ensino superior de Timor-Leste quer, internacionalmente, ao nível do espaço
lusófono, potenciando igualmente o ensino do português.
Trata-se,
sublinhou, de conseguir nos dois casos ir além do intercâmbio de alunos,
fomentando outras áreas de cooperação e colaboração que ajudem a fortalecer
todas as entidades.
No
caso nacional, disse, deveria ser fomentado o intercâmbio de docentes e de
alunos e a união de esforços das universidades timorenses para a criação de um
"Centro de Recursos Nacional" onde se reunissem "serviços e
materiais" para apoio a todo o setor do ensino superior.
Um
centro que poderia incluir, disse, uma biblioteca nacional, instalações
desportivas, um repositório comum, laboratórios e outros serviços.
Já
na cooperação internacional, Lu-Olo também defendeu programas mais regulares e
intensivos de "intercâmbio dos corpos docentes", o fomento de
"relações de reciprocidade e mobilidade" e mais acesso a programas de
ensino e investigação.
Nas
boas vindas ao encontro da AULP, o anfitrião, Francisco Martins, reitor da
Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL) recordou a importância da colaboração
entre entidades de ensino superior lusófonas, tendo em conta os desafios que
vários países ainda enfrentam.
Oportunidades
crescentes para criar mais "diversidade de oportunidades", para
ajudar a dinamizar, agilizar e facilitar processos, para simplificar os
processos administrativos das universidades e, claro, em todos os aspetos do
ensino e investigação, adiantou.
"O
desenvolvimento sustentável inclui o crescimento económico mas não se esgota
aí, incorporando o capital intelectual composto por conhecimento, informação e
experiência, num agregado capaz de gera riqueza", disse.
Martins
destacou em particular a questão da formação em língua portuguesa,
"fazendo do português a língua do ensino da ciência e tecnologia" em
Timor-Leste, a par do desenvolvimento do tétum.
O
encontro da AULP decorre até sexta-feira.
ASP
// FV.
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