A
conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre
a China e os Países de Língua Portuguesa vai realizar-se nos próximos dias 11 e
12 de outubro, anunciou o governo de Macau nesta terça-feira.
A
conferência ministerial do chamado Fórum Macau vai ter por base a iniciativa
“Uma Faixa, Uma Rota”, estando o foco apontado ao desenvolvimento, “de modo a
promover as relações económicas e comerciais entre a China e os países de
língua portuguesa”, refere um comunicado oficial divulgado nesta terça-feira.
“Uma
Faixa, uma Rota” é a versão simplificada de “Faixa Económica da Rota da Seda e
da Rota Marítima da Seda para o Século XXI”, o projeto de investimento
impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e
financeiro da Ásia.
A
China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua
plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de
língua portuguesa em 2003.
No
mesmo ano, criou o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China
e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau, que tem um
Secretariado Permanente e reúne ao nível ministerial de três em três anos.
A
próxima conferência ministerial, que será a quinta desde 2003, vai contar com a
participação de delegações oficiais da China e de sete países de língua
portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e
Timor-Leste).
São
Tomé e Príncipe encontra-se excluído por manter relações diplomáticas com
Taiwan em detrimento de Pequim.
No
entanto, São Tomé e Príncipe tem participado como observador nas reuniões do
Fórum Macau. Aliás, na última conferência ministerial, realizada em 2013,
enviou, pela primeira vez, um representante com a categoria de ministro.
Na
conferência ministerial vai ser assinado, como tem sido prática, o plano de
ação para a cooperação económica e comercial para o próximo biénio (2017-2019).
Na
mesma nota oficial, o Governo de Macau indica que a próxima conferência
ministerial vai introduzir “um novo dinamismo” na cooperação sino-lusófona e
oferecer “novas oportunidades” a Macau para consolidar o seu estatuto como
plataforma, “contribuindo adequadamente para a diversificação da sua economia”,
fortemente dependente da indústria do jogo.
O
Fórum Macau tem, desde 11 de agosto, uma nova secretária-geral.
Xu
Yingzhen, que era conselheira comercial para a América Latina do Ministério do
Comércio da China, foi escolhida para suceder a Cheng Hexi à frente do Fórum
Macau.
SAPO
TL com Lusa
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