Lisboa,
25 jan (Lusa) -- Portugal tem uma perspetiva de realizar este ano programas de
cooperação com países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na
ordem dos 128 milhões de euros, disse hoje a secretária de Estado dos Negócios
Estrangeiros e da Cooperação.
"Portugal
tem procurado de uma forma consistente alavancar fundos de cooperação delegada
para reforçar a sua capacidade financeira nos programas de cooperação nos PALOP
(Países Africanos de Língua Portuguesa) e em Timor-Leste", disse Teresa
Ribeiro.
A
secretária de Estado falava durante o seminário "A Cooperação da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no Quadro da União Europeia, que
instrumentos", realizado hoje na Assembleia da República.
"Neste
sentido, este ano, e ao contrário do que vinha acontecendo no passado, nós
temos já a perspetiva de realização, de execução, de um conjunto de programas
na ordem dos 128 milhões de euros, que permitirão em diversas áreas executar
programas de cooperação", afirmou Teresa Ribeiro.
De
acordo com a secretária de Estado, estão em causa "programas na área da
formação profissional, na área da segurança alimentar, na área da governação
económica, enfim, em muitas outras áreas, quer em Angola, quer em São Tomé e
Príncipe, quer na Guiné-Bissau, quer em Cabo Verde".
"Neste
programa de bolsas o que queremos é associar o setor o privado, não tanto pela
contribuição financeira que possam trazer ao programa, assim aumentando a sua
capacidade, mas sobretudo porque trazem ao programa a dimensão do mercado e
facilitam a integração daqueles que serão bolseiros nos mercados quando
acabarem a sua formação, colocando-os em conexão direta com o emprego de que
poderão beneficiar-se no futuro", sublinhou.
A
secretária de Estado disse ainda que a Sociedade para o Financiamento do
Desenvolvimento (SOFID), até março, terá um novo plano estratégico.
"A
nossa ambição é que a SOFID, de facto, em março tenha já o seu plano
estratégico e que isso possa coincidir também com a sua articulação com o Fundo
Europeu do Desenvolvimento Sustentável, que está neste momento em discussão no
Parlamento, que estará operacional ainda este ano", referiu ainda Teresa
Ribeiro.
"Esperamos
que a SOFID possa plenamente cumprir a sua missão enquanto banco de
desenvolvimento, não apenas confinada aos fundos nacionais, mas ao contrário,
capaz de captar outros fundos existentes nas (organizações) multilaterais, com
outro volume financeiro importante para os grandes projetos", acrescentou
a secretária de Estado.
No
mesmo seminário, o diretor da cooperação da CPLP, Manuel Lapão, disse que o
bloco lusófono deverá candidatar-se a uma auditoria, no âmbito da União
Europeia (UE), para que a organização lusófona possa gerir recursos em nome da
UE na execução de programas de cooperação nos países lusófonos.
CSR
// EL
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