Banguecoque,
07 mar (Lusa) -- O inspetor-geral da polícia da Malásia disse hoje que os três
norte-coreanos procurados no âmbito da investigação da morte, em Kuala Lumpur,
do meio-irmão do líder da Coreia do Norte estão refugiados na sua embaixada.
No
entanto, a representação diplomática de Pyongyang não está a colaborar com as
investigações, disse Khalid Abu Bakar em conferência de imprensa.
"Não
vamos fazer um ataque à embaixada. Esperamos que saíam. Temos tempo",
disse Bakar.
A
investigação malaia refere que Kim Jong-nam morreu a 13 de fevereiro, depois de
ser atacado no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres que lhe esfregaram
no rosto o agente químico VX.
Até
à data, as autoridades da Malásia detiveram e acusaram de homicídio duas
mulheres, uma indonésia e outra vietnamita.
Também
detiveram um especialista em química norte-coreano que foi libertado sem ser
acusado e deportado para o seu país na sexta-feira.
Além
disso, procuram quatro norte-coreanos que fugiram da Malásia no dia do crime,
acusados de planear o crime e de recrutarem as duas mulheres, e um funcionário
da companhia aérea estatal norte-coreana Koryo.
As
autoridades malaias também querem questionar o segundo secretário da embaixada
norte-coreana, que goza de imunidade diplomática, e que foi visto junto ao
funcionário da Koryo, despedindo-se no aeroporto dos quatro suspeitos.
Outro
cidadão da Coreia do Norte, identificado apenas como James e cuja possível
participação não foi clarificada, é também solicitado pelas autoridades.
Pyongyang,
por sua vez, mantém que a morte foi causada por um ataque cardíaco e acusou as
autoridades malaias de conspirarem juntamente com os Estados Unidos e Coreia do
Sul.
As
críticas à investigação levaram à expulsão do embaixador da Coreia do Norte em
Kuala Lumpur, Kang Chol, que deixou na segunda-feira o país, reafirmando antes
a sua versão de que a atuação local é "parcial".
Em
resposta à partida de Kang Chol, o regime norte-coreano declarou "persona
non grata" o embaixador malaio na Coreia do Norte, Mohamad Nizan, que já
se encontrava em Kuala Lumpur desde 22 de fevereiro, quando foi chamado a
consultas após a crise diplomática aberta pela morte de Kim Jong Nam.
FV
// ISG
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