quinta-feira, 10 de maio de 2018

Quase 3.200 observadores acompanham legislativas de sábado


Quase 3.200 observadores, 171 dos quais internacionais, estarão espalhados por Timor-Leste este fim de semana para acompanhar as eleições legislativas antecipadas de sábado, a que concorrem oito forças políticas.

Dados do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) obtidos pela Lusa mostram que se registaram para acompanhar a votação 3.010 observadores timorenses, parte dos quais integrando missões de outros países, como as das embaixadas da Austrália ou dos Estados Unidos.

A Austrália é o país com maior número de observadores, com mais de uma centena, divididos entre missões da embaixada em Díli e de várias universidades, com delegações que integram ainda observadores timorenses.

No total, estão registadas 19 entidades ou organizações com equipas de observadores em Timor-Leste, sendo os maiores grupos (49 cada) da Embaixada da Austrália e da Australian Timor-Leste Election Observation Mission (ATLEOM), da Embaixada dos Estados Unidos (42) da Victoria University (36) e do International Republian Institute (14).

Entre as delegações, contam-se igualmente sete observadores da embaixada do Japão, quatro da Embaixada do México, Nova Zelândia e Tailândia e três da União Europeia, e das embaixadas do Bangladesh, Filipinas e Portugal.

Entre os observadores, contam-se ainda delegações da IFES (International Federation for Electoral Systems), da Comissão Nacional de Eleições (CNE) tailandesa, da Searth Foundation, e da Plataforma Internacional de Juristas por Timor-Leste (IPJET).

A nível nacional, há 23 delegações acreditadas e mais de 3.000 observadores, sendo as maiores do Observatório da Igreja Para Os Assuntos Sociais (OIPAS) - que tem 937 observadores -, da Fundação Halibur ba Dame (819) e do Sentru Desk (429).

Os dados do STAE confirmam ainda que se registaram para acompanhar o ato eleitoral seis jornalistas internacionais - das agências Lusa, Nikke, AP e Kyodo - e 265 timorenses, dos quais o maior grupo (108 pessoas) é da televisão e rádio públicas (RTTL).

A acompanhar o voto estarão milhares de fiscais das oito forças políticas candidatas, distribuídos pelos centros de votação e pelas estações de voto.

Destacados nos centros de votação estarão 5.392 fiscais, dos quais 1.936 da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), 1.726 da Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), 794 do Partido Democrático (PD) e 534 da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP).

Nas estações de voto, estão destacados 9.506 fiscais, o maior grupo da AMP (4.139), seguindo-se a Fretilin (2.222), a FDD (1,634) e o PD (1.511).

Os partidos com menor número de fiscais são as coligações MSD e MDN, sendo que o PEP, primeiro no boletim de voto, nem sequer tem fiscais registados.

Quase 2.500 fiscais vão acompanhar a votação em Díli.

Recorde-se que a campanha eleitoral termina hoje e que há dois dias de reflexão antes da votação.

Os cerca de 787 mil eleitores recenseados vão poder votar entre as 07:00 de sábado (hora local, 23:00 de sexta-feira em Lisboa) e as 15:00, nas 1.151 estações de voto, dividas por 876 centros de votação e instalados nos 452 sucos (equivalente a freguesias) do país.

Eleitores na diáspora podem ainda votar na Austrália (Darwin, Melbourne e Sydney), na Coreia do Sul (Seul), em Portugal (Lisboa e Porto) e no Reino Unido (em Dungannon, Londres e Oxford).

No caso da diáspora, as urnas abrem no mesmo período - 07:00 às 15:00 - na hora local.

Lusa | SAPO TL

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