O Conselho de Segurança (CS) das
Nações Unidas manifestou preocupação com o tráfico de droga e crime organizado
na Guiné-Bissau e pediu um reforço do apoio internacional para o seu combate.
"Os membros do Conselho de
Segurança reiteraram a sua preocupação com a questão do narcotráfico e o crime
organizado transnacional na Guiné-Bissau", pode ler-se num comunicado
divulgado na sexta-feira por aquele órgão das Nações Unidas.
O comunicado foi emitido depois
de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter debatido, em 30 de agosto, a
situação na Guiné-Bissau, com a presença do primeiro-ministro guineense,
Aristides Gomes.
O Conselho de Segurança apelou
também para uma "cooperação e apoio internacional reforçados naquela
área", coordenada pelas entidades da ONU no país, e para uma maior
presença do Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime (UNODC) no terreno.
Sobre as Forças Armadas
guineenses, o CS referiu estar satisfeito com o "profissionalismo"
demonstrado e pela "não-interferência na política nacional e assuntos
judiciais".
Em maio de 2012, na sequência de
um golpe de Estado na Guiné-Bissau, o Conselho de Segurança da ONU aplicou
sanções a 11 oficias guineenses envolvidos na alteração da ordem
constitucional.
No Conselho de Segurança,
realizado em Nova Iorque
a semana passada, o presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Anatolio
Ndong Mba, recomendou que a lista de sancionados fosse revista, tendo em conta
a atual situação no país e a evolução dos acontecimentos.
"A situação de segurança é
estável sem nenhum episódio violento relevante, o exército não interfere na
política e, em geral, respeitam-se os direitos humanos. Existe, contudo, uma grande
preocupação com atividades relacionadas com crime transnacional e tráfico
ilícito", afirmou no encontro o diplomata da Guiné-Equatorial.
Lusa | em Dário de Notícias
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