Os estudantes universitários timorenses lutam por uma causa justa e há mais de uma década que contestam as mordomias prestadas aos deputados - concretamente no esbanjamento da compra de viaturas Prado nas condições em que acontecem. Afinal há centenas de milhares de timorenses carenciados e a falta de concretização de infraestruturas básicas estão em falta.
O desprezo - parece que é disso que se trata - com que os decisores políticos contemplam as populações vítimas de má gestão e acentuar das desigualdades são notórias e gritantes em vários setores, especialmente na saúde, na educação, no saneamento básico, no fornecimento de água potável, etc. Mesmo que fossem só os citados setores que merecessem críticas e manifestação de contestação já era mais que motivo para acontecerem e os guardas pretorianos da PNTL (há os que não o são) nem deviam atrever-se a comportarem-se como em escassos segundos assistimos nas imagens da reportagem da GMN TV - agressões gratuitas e cobardes, ameaças com armas também absolutamente gratuitas. É visível, indesmentivel e completamente reprovável em país que se quer efetivamente livre e democrático.
A vergonha e o débito de democracia cabe aos que a merecem, ao governo, aos políticos (surdos) eleitos com assento no Parlamento e à PNTL. Assim como o louvor e a liberdade dos justos contestatários (estudantes) na senda da luta dos antepassados pela libertação e pela democracia urge, porque as suas detenções nem deviam ter acontecido se prevalecesse a democracia, o equilíbrio de gestão e a prática da justiça social que é devida aos timorenses.
Mário Motta = António Veríssimo
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