Díli, 07 fev (Lusa) -- O dono de
um dos supermercados mais antigos de Díli, o grupo Kmanek, disse hoje que ainda
está em negociações com eventuais compradores, incluindo estrangeiros para a
operação que tem sido seriamente afetada pela situação económica do país.
"Ainda estamos a tentar
negociar com compradores. Ainda não há calendário e nada está fechado",
disse à Lusa Clarence Lim, dono do grupo Kmanek que detém lojas e armazéns em
Díli.
O grupo teve já que despedir um
primeiro grupo de 63 trabalhadores sendo que um eventual encerramento poderia
afetar centenas de postos de trabalho diretos e indiretos.
Lim - que abriu a primeira loja
em Díli há 15 anos -- admitiu no mês passado que a situação do grupo estava
seriamente afetada pela crise económica de Timor-Leste.
Lim explicou que problemas com a
linha de crédito do seu banco agravaram os problemas financeiros ao Kmanek, que
está "sem dinheiro" para ir às compras e reabastecer prateleiras.
O consumo continua sem recuperar
e, por isso, garantir um "'cash flow' adequado torna-se mais
difícil", disse.
O responsável do Kmanek lamentou
que a situação tenha chegado a este ponto, admitindo que depois das perdas
acumuladas as coisas "estão muito complicadas".
"É muito triste. Depois de
15 anos, chegar aqui. Tentar criar empregos, construir uma comunidade. Poderá
haver milhares de famílias afetadas, por isso quero tentar ao máximo uma
transição sem sobressaltos", afirmou.
Nas últimas semanas já se tornou
evidente o impacto da situação do Kmanek, com prateleiras mais vazias e vários
produtos a não serem substituídos.
O caso não é único em
Timor-Leste, que tem sofrido significativamente o impacto da crise política e
económica.
O país começou 2019 em duodécimos
depois do atraso na aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE) foi vetado
pelo Presidente da República, foi alterado pelo parlamento e está de novo a ser
analisado pelo chefe de Estado.
ASP//MIM
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