sábado, 16 de maio de 2015

Exportações do setor agroalimentar cresceram 95,45% para Macau entre 2010 e 2014


Macau, China, 15 mai (Lusa) -- O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar disse hoje que as exportações no setor agroalimentar para Macau cresceram 95,45% nos últimos quatro anos e que Portugal "pode ir mais longe".

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma reunião com a Associação de Importadores e Exportadores de Macau, Nuno Vieira e Brito destacou o crescimento registado nas exportações do setor agroalimentar português, que "em 2010 representavam 6,6 milhões de euros e que em 2014 passaram a 12,9 milhões de euros".

"Entre 2010 a 2014, tivemos um crescimento de 95,45%, o que é significativo. Estamos ainda a incidir muito em bebidas -- 4,5 milhões de euros --, mas os leites e laticínios já começam a ter um valor interessante: 1,1 milhões de euros. No entanto, considero que temos um caminho imenso a crescer, dado que 90% da alimentação de Macau é importada e portanto, necessariamente, temos aqui uma oportunidade imensa na área da hotelaria, e dos próprios habitantes, para os nossos produtos portugueses", afirmou.

O governante português disse que "apesar de os dados serem otimistas", é "muito mais ambicioso" e acha que se pode "ir mais longe".

Nuno Vieira e Brito assumiu que um dos objetivos da atual visita a Macau é dar a conhecer aos importadores a abertura do mercado do interior da China ao leite e laticínios de Portugal.

"Nesta reunião que acabei de ter com os importadores e exportadores, alguns deles não sabiam que o mercado de leite e lacticínios estaria aberto e, portanto, há aqui uma necessidade de lhes fazer transmitir que há mais oportunidades que não se limitam a Macau, mas obviamente ao seu papel de homens de negócio para a China Continental, de abertura a novos produtos", declarou.

Nesse sentido, salientou como "imensamente provável" haver um acréscimo nas exportações de leite e derivados para a China e que Macau pode "funcionar como plataforma de entrada de produtos também na própria China e nas regiões mais próximas".

Nuno Vieira e Brito destacou que os importadores têm uma boa impressão do produto português e que esta predisposição deve ser capitalizada para aumentar as exportações para Macau e para a China.

"O termo é destes importadores, destes homens de negócios que (dizem que) o produto português é muito seguro e a um preço interessantíssimo, portanto, necessariamente é este efeito de promoção que nós aqui estamos a fazer", concluiu.

FV // ARA

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