Macau,
China, 15 mai (Lusa) -- O secretário de Estado da Alimentação e Investigação
Agroalimentar disse hoje que as exportações no setor agroalimentar para Macau
cresceram 95,45% nos últimos quatro anos e que Portugal "pode ir mais
longe".
Em
declarações à agência Lusa, à margem de uma reunião com a Associação de
Importadores e Exportadores de Macau, Nuno Vieira e Brito destacou o
crescimento registado nas exportações do setor agroalimentar português, que
"em 2010 representavam 6,6 milhões de euros e que em 2014 passaram a 12,9
milhões de euros".
"Entre
2010 a 2014, tivemos um crescimento de 95,45%, o que é significativo. Estamos
ainda a incidir muito em bebidas -- 4,5 milhões de euros --, mas os leites e
laticínios já começam a ter um valor interessante: 1,1 milhões de euros. No
entanto, considero que temos um caminho imenso a crescer, dado que 90% da
alimentação de Macau é importada e portanto, necessariamente, temos aqui uma
oportunidade imensa na área da hotelaria, e dos próprios habitantes, para os
nossos produtos portugueses", afirmou.
O
governante português disse que "apesar de os dados serem otimistas",
é "muito mais ambicioso" e acha que se pode "ir mais
longe".
Nuno
Vieira e Brito assumiu que um dos objetivos da atual visita a Macau é dar a
conhecer aos importadores a abertura do mercado do interior da China ao leite e
laticínios de Portugal.
"Nesta
reunião que acabei de ter com os importadores e exportadores, alguns deles não
sabiam que o mercado de leite e lacticínios estaria aberto e, portanto, há aqui
uma necessidade de lhes fazer transmitir que há mais oportunidades que não se
limitam a Macau, mas obviamente ao seu papel de homens de negócio para a China
Continental, de abertura a novos produtos", declarou.
Nesse
sentido, salientou como "imensamente provável" haver um acréscimo nas
exportações de leite e derivados para a China e que Macau pode "funcionar
como plataforma de entrada de produtos também na própria China e nas regiões
mais próximas".
Nuno
Vieira e Brito destacou que os importadores têm uma boa impressão do produto
português e que esta predisposição deve ser capitalizada para aumentar as
exportações para Macau e para a China.
"O
termo é destes importadores, destes homens de negócios que (dizem que) o
produto português é muito seguro e a um preço interessantíssimo, portanto,
necessariamente é este efeito de promoção que nós aqui estamos a fazer",
concluiu.
FV
// ARA
Sem comentários:
Enviar um comentário