Macau,
China, 15 mai (Lusa) -- O secretário de Estado da Alimentação e Investigação
Agroalimentar disse hoje, em Macau, que o acordo para a exportação de carne de
porco e derivados de Portugal para a China deverá estar concluído até ao final
do ano.
As
negociações "estão em processo avançado e acreditamos que sim, que este
ano, também poderemos ter uma resposta positiva do Governo chinês",
declarou à agência Lusa Nuno Vieira e Brito.
A
abertura do mercado do interior da China para a carne de porco portuguesa,
incluindo enchidos e presuntos, tem vindo a ser negociada nos últimos anos.
"Em
2013, entregámos o dossier. Seria otimista já termos a aprovação em 2013. Em
2014 tivemos uma missão de inspeção da AQSIQ [General Administration of Quality
Supervision, Inspection and Quarantine] em Portugal, recebemos o relatório,
tivemos alguns comentários e respostas e iremos reunir na [próxima] terça-feira
com a AQSIQ no sentido de passarmos à fase seguinte, que é o protocolo e termos
o processo concluído ainda este ano", acrescentou.
A
visita a Pequim surgiu na sequência de uma viagem à China, iniciada em Xangai e
com passagem por Macau, onde chegou na quinta-feira.
Nuno
Vieira e Brito disse ainda que os encontros na capital chinesa vão ser
aproveitados para debater outros dossiers em negociação, como o dos citrinos,
no âmbito do qual espera obter luz verde para as empresas portuguesas ainda
este ano.
"Temos
outros dossiers em negociação -- a uva de mesa, as peras, as maçãs, o arroz. Na
área das frutas, o primeiro dossier seria o dos citrinos, onde engloba as
laranjas, os limões, etc, até pelo impacto económico para Portugal. Esses são
os que pretendíamos abrir ainda este ano", adiantou.
Portugal
obteve autorização para exportar leite e laticínios para a China em 2013.
Em
julho do ano passado, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, indicou que a
China certificou 31 empresas de lacticínios portuguesas, possibilitando assim
que estas passassem a exportar para o mercado chinês.
"Tive
contactos em Xangai com algumas companhias e todas elas -- terminada a parte
(do acordo) dos laticínios -- me perguntam quando é que está aberto o mercado
da carne de porco, porque este é um dos aspetos que pretendem abrir e, cada vez
mais, ter negócio com Portugal", afirmou.
FV
(CYB/ RCR) // ARA
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