Empresas
timorenses e internacionais participam esta semana, em Dili, na primeira
Exposição Internacional do Sector da Construção e Obras, um evento apoiado
pelas autoridades timorenses e que está a suscitar interesse entre as empresas
da região.
O
evento, que conta com o apoio da Secretaria de Estado para o Apoio e Promoção
do Sector Privado (Seapri) e do Instituto de Apoio ao Desenvolvimento
Empresarial decorre entre terça e sexta-feira no Timor Plaza, o maior projecto
de investimento privado em Timor-Leste.
Trata-se,
de acordo com os organizadores, de “abrir oportunidades de negócio tanto para
empresas nacionais como estrangeiras”, beneficiando “do aumento da construção
que se observa em Timor-Leste há vários anos.”
Estima-se
que com projectos tanto públicos como privados o montante dos negócios do
sector da construção poderá duplicar nos próximos cinco anos, impulsionado em
grande parte pelo projecto de desenvolvimento da região especial de Oe-Cusse
Ambeno.
O
evento está a suscitar particular interesse entre os empresários da cidade
australiana de Darwin, sendo esperada uma delegação de 20 empresas lideradas
pelo Conselho Internacional Empresarial da Câmara de Comércio do Território
Norte.
Jape
Kong Su, proprietário do Timor Plaza, um dos exemplos do novo dinamismo da
cidade de Dili, é o dono do Jape Group of Companies, uma empresa fundada em
1976 em Darwin pela família de origem timorense e que voltou ao país depois da
independência.
Natural
de Balibo, o timorense de ascendência chinesa Jape Kong Su tornou-se no maior
investidor nacional no país, com este projecto, que inclui um hotel, escritório
e apartamentos e que custou mais de 50 milhões de dólares.
Actualmente,
o Timor Plaza é um dos locais mais visitados em Dili, dispondo de um cinema,
lojas, escritórios de algumas das principais empresas do país, restaurantes e
apartamentos.
Os
sectores de comércio, a grosso e a retalho, e da construção são os maiores
empregadores e maiores geradores de rendimentos da economia não-petrolífera de
Timor-Leste, de acordo com dados do Ministério das Finanças.
Os
dois sectores representavam 77% do rendimento total gerado na economia
timorense em 2013 quando os negócios não-petrolíferos timorenses geraram cerca
de 1,85 mil milhões de dólares.
O
sector da construção contribuiu 38% do valor total do Imposto sobre o Valor
Acrescentado em 2013, que no sector não-petrolífero da economia foi de 564,2
milhões de dólares.
Macauhub/TL
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