Êxito
dos projetos de cooperação com Timor-Leste garante um futuro com mais missões
conjuntas
O
trabalho de reestruturação curricular do ensino secundário em Timor-Leste, e a
respetiva produção de manuais escolares para alunos e guias para os
professores, o projeto de informatização do Parlamento Nacional timorense e o
estudo da flora daquele país foram algumas das missões da Universidade de
Aveiro (UA), já concluídas com êxito, apresentadas à comitiva parlamentar
timorense que no dia 17 de junho se deslocou à academia.
Promovida
pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal – Timor-Leste, em conjunto com o
homólogo timorense, a conferência "Portugal – Timor-Leste", que
decorreu em Lisboa a 15 e 16 de junho, deu o mote para a viagem a Portugal
dos representantes timorenses.
À
margem do encontro de Lisboa, a visita à UA pretendeu cimentar a decana relação
de amizade e cooperação entre a UA e Timor e trouxe à academia Vicente da Silva
Guterres, presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, e vários
representantes timorenses, entre parlamentares, governantes, empresários,
académicos e agentes culturais. Recebidos por José Alberto Rafael, Vice-reitor
da UA, os representantes timorenses estiveram nos departamentos de Química e de
Geociências e no CICECO - Aveiro Institute of Materials da UA.
“A
colaboração entre a UA e Timor é de longa data. Depois desta visita, na qual
tomei conhecimento de todos os projetos que envolvem Timor e a UA, regresso ao
meu pais com a certeza de que devia haver uma maior dinamização da nossa
cooperação e a continuação daquilo que se fez para que se possa transmitir de
forma cabal os conhecimentos da experiência adquirida para os timorenses para
que, a prazo, possam eles próprios andar pelos seus próprios pés”, afirmou
Vicente da Silva Guterres, presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste.
No
final da visita, que incluiu um emotivo encontro com dezenas de estudantes
timorenses da UA, o responsável salientou também “a assistência
personalizada que a UA presta aos bolseiros vindos de Timor”, um apoio que tem
resultado no êxito do percurso académico dos alunos. “A UA está, por isso, de
parabéns”, frisou Vicente da Silva Guterres.
Lurdes
Bessa, deputada timorense e membro do Grupo Parlamentar de Amizade Timor-Leste
– Portugal, referiu a “visita fantástica” que a comitiva teve oportunidade de
fazer na UA. Da passagem pela academia, a deputada realçou “o encontro
alargado, onde fomos informados sobre todos os projetos de colaboração que a UA
tem tido com Timor ao longo dos anos em vários domínios, projetos que deram
frutos, que não morreram e que continuam a crescer”.
A
recente criação da Faculdade de Ciências Exatas da Universidade Nacional de
Timor-Leste, que a UA ajudou a criar e cujo diretor é Samuel
Freitas, antigo aluno da academia de Aveiro onde concluiu licenciatura,
mestrado e doutoramento em Química, foi um dos exemplos apontados pela
deputada na profícua relação de cooperação entre Timor e a UA.
“Neste
momento há um projeto muito importante a decorrer no terreno que é a criação da
Faculdade de Ciências Exatas, uma instituição de extrema necessidade no país
face ao grande problema que temos na área das ciências exatas”, salientou
Lurdes Bessa. “Com a criação desta faculdade vamos tentar colmatar uma falha
grande no nosso sistema de educação”, disse a responsável.
A
UA, apontou a deputada timorense, “tem mais de 50 alunos timorenses nos vários
graus de ensino e é uma universidade que nos é muito carinhosa porque, desde os
anos 90, esteve sempre muito envolvida na defesa dos direitos humanos do povo
timorense”.
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