Pequim,
15 jun (Lusa) -- A agência de notação financeira Fitch advertiu hoje as
economias da região Ásia-Pacífico para riscos devido à sua elevada dependência
dos ativos da China face ao abrandamento que experiencia a segunda economia
mundial.
Num
relatório publicado hoje, a Fitch assinala que a exposição dos bancos da
Ásia-Pacífico à China quase duplicou nos últimos quatro anos e alcançou 1,2
biliões de dólares (1,1 biliões de euros) no final de 2014.
Além
disso, a agência de notação financeira alerta para o "aumento
significativo" da alavancagem do setor privado em vários países da região,
o que "está a tornar os bancos e as economias mais vulneráveis" à
desaceleração do crescimento chinês.
As
instituições financeiras da Ásia-Pacífico concentram três quartos dos ativos
chineses nas mãos de bancos fora do gigante asiático.
Os
bancos de Hong Kong (com 32%) e de Macau (com 21%) -- ambas são Regiões Administrativas
Especiais chinesas -- são as que mantêm mais vínculos com a segunda economia
mundial, seguindo-se Singapura, com 12% e Taiwan, com 8%.
Por
outro lado, os bancos do Japão e da Austrália (ambos com 1% de exposição) são
os que detém menos ativos chineses.
A
Fitch explica ainda que esta crescente exposição bancária não se traduziu numa
maior dependência comercial da China, mas assinala que a maioria das economias
da Ásia-Pacífico já conta com Pequim como principal parceiro comercial.
DM
// EL
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