terça-feira, 16 de junho de 2015

Fitch adverte economias da Ásia-Pacífico para risco de elevada exposição à China


Pequim, 15 jun (Lusa) -- A agência de notação financeira Fitch advertiu hoje as economias da região Ásia-Pacífico para riscos devido à sua elevada dependência dos ativos da China face ao abrandamento que experiencia a segunda economia mundial.

Num relatório publicado hoje, a Fitch assinala que a exposição dos bancos da Ásia-Pacífico à China quase duplicou nos últimos quatro anos e alcançou 1,2 biliões de dólares (1,1 biliões de euros) no final de 2014.

Além disso, a agência de notação financeira alerta para o "aumento significativo" da alavancagem do setor privado em vários países da região, o que "está a tornar os bancos e as economias mais vulneráveis" à desaceleração do crescimento chinês.

As instituições financeiras da Ásia-Pacífico concentram três quartos dos ativos chineses nas mãos de bancos fora do gigante asiático.

Os bancos de Hong Kong (com 32%) e de Macau (com 21%) -- ambas são Regiões Administrativas Especiais chinesas -- são as que mantêm mais vínculos com a segunda economia mundial, seguindo-se Singapura, com 12% e Taiwan, com 8%.

Por outro lado, os bancos do Japão e da Austrália (ambos com 1% de exposição) são os que detém menos ativos chineses.

A Fitch explica ainda que esta crescente exposição bancária não se traduziu numa maior dependência comercial da China, mas assinala que a maioria das economias da Ásia-Pacífico já conta com Pequim como principal parceiro comercial.

DM // EL

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