Pequim,
05 ago (Lusa) - A agência noticiosa oficial chinesa Xinhua lançou hoje um
portal em português, visando "promover as relações entre a China e os
países de língua portuguesa" e "aumentar a compreensão sobre o
desenvolvimento económico-social da China".
O
novo portal (acessível através do site http://portuguese.xinhuanet.com/ foi
apresentando como uma "medida importante para implementar a diretriz do
Presidente [chinês], Xi Jinping, de expandir o espaço de atuação dos
média".
O
'site' propõe-se difundir "notícias de economia, política, sociedade,
cultura, desporto e tecnologia", recorrendo aos formatos texto, imagem e
vídeo.
A
Xinhua conta, desde 2004, com um departamento em português, que emprega
atualmente 14 pessoas, entre as quais três brasileiros, mas cujo conteúdo era,
até agora, distribuído através de outros órgãos de comunicação.
O
portal em português da Xinhua junta-se a outros que a agência já tem em inglês,
francês, russo, árabe, espanhol, japonês, coreano e alemão.
O
lançamento do portal em português coincide com o arranque dos Jogos Olímpicos
no Rio de Janeiro, competição em que, nas últimas edições, a China tem
disputado o domínio com os Estados Unidos da América.
Além
da Xinhua, também a versão digital do Diário do Povo, o órgão central do
Partido Comunista Chinês, e a Rádio Internacional da China (CRI, na sigla em
inglês), têm um serviço em português.
O
departamento em língua portuguesa do Diário do Povo arrancou no ano passado,
quebrando com o 'monopólio' da CRI, o mais antigo serviço noticioso em
português da República Popular da China, com 56 anos.
Naquela
altura, a política externa chinesa era guiada pela defesa do internacionalismo
proletário e Pequim "apoiava os países africanos na luta contra o
imperialismo", nomeadamente Angola e Moçambique.
Hoje,
são as crescentes relações económicas e comerciais com os países de língua
portuguesa, sobretudo Brasil, Angola e Portugal, que fomentam o grande desenvolvimento
do ensino do português na China.
No
início do século XXI, em todo o continente chinês havia apenas duas
universidades com licenciaturas em português. Hoje há 21.
Por
outro lado, em 2003, a China estabeleceu a Região Administrativa Especial de
Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial
com os países de língua portuguesa, tendo criado nesse ano o Fórum para a
Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua
Portuguesa, conhecido como Fórum Macau.
O
Fórum Macau realiza conferências ministeriais a cada três anos e a próxima
decorrerá em outubro, em Macau.
JOYP
// MP
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