Díli,
17 nov (Lusa) - O município de Aileu foi a região de Timor-Leste que elegeu
maior percentagem de mulheres nas eleições locais das últimas semanas: 13%,
face a uma média nacional de 4,75%.
Em
Aileu, foram eleitas mulheres para governar em quatro dos 31 sucos
(equivalentes a freguesias), a média mais elevada do país.
Em
termos absolutos, a região da segunda cidade timorense, Baucau, foi a que
elegeu mais mulheres, cinco, que representam 8% dos 59 sucos.
Díli
e Manatuto elegeram ambas três mulheres para os 31 e 29 sucos das duas regiões,
cerca de 10% do total.
Manufahi,
com 7% (duas entre 29 sucos), foi o único outro município com valores acima dos
5%.
Houve
quatro regiões - Bobonaro (50 sucos), Ermera (32 sucos), Lautem (34 sucos) e
Oecusse (18 sucos) - em que não foi eleita qualquer mulher.
Segundo
o Ministério da Administração Estatal, foram eleitas em todo o país 21 mulheres
entre os 442 chefes de sucos, quase o dobro das 11 eleitas nas anteriores
eleições, passando de 2,49 para 4,75 por cento do total.
Em
142 sucos, o líder foi eleito à primeira volta (entre eles, seis mulheres) e em
300 teve de haver uma segunda volta, no domingo passado, em que foram eleitas
mais 15 mulheres.
Um
número ainda não conhecido de mulheres foram também eleitas como chefes das
2.225 aldeias do país.
Um
total de 2.071 candidatos, incluindo 319 mulheres, apresentaram-se à eleição
das autoridades locais e tradicionais dos 442 sucos timorenses, segundo o
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
O
processo de eleição das autoridades locais, que poderá terminar a 24 de
novembro, abrange a escolha dos responsáveis nos 442 sucos (equivalentes a
freguesias), que passam a ser geridos por quatro estruturas: Conselho de Suco,
chefe de Suco, Assembleia de Aldeia e chefe de Aldeia.
O
Conselho de Suco, o órgão deliberativo, é composto pelo chefe de Suco e chefes
de Aldeia, uma delegada e um delegado por cada aldeia, um representante e uma
representante da juventude de cada aldeia e um lian-na'in ("senhores da
palavra", as autoridades tradicionais).
O
chefe de Suco é o órgão executivo, eleito para mandatos de sete anos que só
podem ser renovados uma vez.
A
Assembleia de Aldeia é formada por todos os cidadãos com mais de 16 anos, que
por sua vez elegem o chefe de Aldeia.
O
processo eleitoral ficou marcado por algumas críticas sobre irregularidades,
que o Governo rejeitou, defendendo o processo adotado para o voto que,
sublinhou, foi aprovado por todos os partidos com assento parlamentar.
ASP
// MP – Foto: GPR
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