Díli,
13 set (Lusa) - Timor-Leste tem a partir de hoje uma nova moeda de 200
centavos, com um valor equivalente a dois dólares americanos, que visa reduzir
a dependência e o elevado custo associado à substituição de notas de menor
denominação.
A
moeda foi lançada hoje numa cerimónia na sede do Banco Central em Díli,
presidida pelo primeiro-ministro, Rui Maria de Araújo, ocorrendo quatro anos
depois do lançamento da moeda de 100 centavos, em 2013.
A
moeda que hoje entra em circulação - coincidindo com o 6.º aniversário do Banco
Central - junta-se às de 100, 50, 25, 10, 5 e 1 centavos que já circulavam no
país, onde a moeda oficial é o dólar americano.
Abraão
de Vasconselos, governador do Banco Central, disse que a entidade continua a
zelar pela circulação de moeda em Timor-Leste, essencial para a economia do
país, e que importa reduzir os custos.
"O
custo de repatriação de notas de um dólar, cinco dólar e 10 dólares - que ficam
danificadas - é muito elevado. O nosso objetivo é continuar a reduzir a despesa
com o uso da moeda", referiu.
Rui
Maria de Araújo, chefe do Governo, saudou os esforços que o Banco Central tem
vindo a desenvolver nos últimos anos para ajudar a fortalecer a economia
timorense, inclusive como 'garante' da gestão do Fundo Petrolífero, principal
fonte de financiamento do Estado.
Com
um diâmetro de 25,5 milímetros e um peso de 8,46 gramas, a moeda tem um núcleo
central dourado e um externo prateado - idêntico ao da de 100 centavos.
Na
face principal, e como ocorre nas restantes moedas, a de 200 centavos tem um
kaibauk, o adorno tradicional de cabeça usado em Timor-Leste.
O
verso tem o Matebian, a segunda montanha mais alta de Timor-Leste e um local
que serviu de refúgio aos elementos da resistência que combateram a ocupação
indonésia, um búfalo e um arrozal, elementos centrais da cultura e economia
nacionais.
O
búfalo já era o símbolo principal do logótipo do Banco Central.
Sara
Brites, vice-governadora do Banco Central, explicou que o objetivo da
introdução da nova moeda - com um valor facial correspondente a dois dólares
americanos - é de reduzir a dependência do país em notas de menor denominação.
"Esta
moeda ajudará a reduzir significativamente o custo anual que o Governo
anualmente tem em substituir as notas de 1, 5 e até 10 dólares, as mais usadas
e mais rapidamente danificadas", explicou.
A
vice-governadora explicou à Lusa que atualmente estão a circular no país cerca
de 16 milhões de dólares nas moedas de centavos e que se espera distribuir nos
próximos anos cerca de 6 milhões nas moedas de 200 centavos.
Timor-Leste
tem anualmente que importar todas as moedas e notas que são usadas em
Timor-Leste o que, no caso das notas norte-americanas representa um elevado
custo, especialmente devido à segurança necessária.
As
moedas eram cunhadas na Casa da Moeda em Portugal até ao ano passado e começam
agora a ser cunhadas na Austrália.
ASP
// DM
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