Passados
quase três meses das eleições legislativas na República Democrática de
Timor-Leste (RDTL) realizadas em 22 de Julho de 2017, o VII Governo
Constitucional, formado a muito custo, cuja constituição demorou quase dois
meses, com sucessivas tomadas de posse, o que parece demonstrar a sua
fragilidade, pode estar na iminência de cair e dar lugar ao VIII Governo
Constitucional.
Começou
dia 16 de Outubro de 2017, no Parlamento Nacional timorense, a apresentação e
discussão do Programa do VII Governo Constitucional liderado por Mari Alkatiri,
Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste
Independente (FRETILIN).
O
programa governamental, na opinião de vários analistas políticos, a ser
chumbado, implicará a queda imediata do actual Governo, e a uma tomada de
posição enérgica do Presidente da República, Francisco Guterres (Lu´olo), que
também é Presidente da FRETILIN.
De
acordo com a Constituição da República da RDTL compete ao Presidente da
República agir e garantir a estabilidade do país. Assim, sob os olhares atentos
do povo timorense e da comunidade internacional, sem se excluir a hipótese de
serem convocadas eleições antecipadas, o que não seria bom para a economia de
Timor-Leste, caso o programa de governo seja reprovado pela maioria
parlamentar, restará ao Presidente da República chamar o segundo partido mais
votado para formar um novo governo, maioritário e estável, neste caso sob a
responsabilidade do líder histórico da Resistência Timorense, Kay Rala Xanana
Gusmão, presidente do Conselho Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste
(CNRT), com o apoio dos restantes partidos da oposição, o Partido de Libertação
Popular (PLP), presidido por Taur Matan Ruak (anterior Presidente da
República), e o Partido Kmanek Haburas Unidade Nasional Timor (KHUNTO).
J.T. Matebian, em
Timor-Leste | Tornado
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