segunda-feira, 11 de junho de 2018

Brigada Negra congratula-se com promoções de oficiais militares


A liderança da Brigada Negra manifestou a sua satisfação e apoio total à promoção ao posto de Brigadeiro-General de quatros oficiais superiores das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) – Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL) porque no tempo da luta de libertação nacional estes oficiais das FDTL foram pontos de contacto altamente estratégicos para a independência de Timor-Leste.


A cerimónia realizou-se no dia 7 de Junho de 2018, no Palácio Presidencial, e foi presidida pelo Presidente da República Democrática de Timor-Leste (RDTL), Francisco Guterres / Lú-Olo. Na sessão solene também estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (F-FDTL), Major-General Lere Anan Timur, entidades civis e militares, bem como outros distintos convidados nacionais e estrangeiros.

No evento, após as honras militares, procedeu-se à leitura dos Decretos-Presidenciais de Promoção dos quatros oficiais, por distinção, nomeadamente a imposição do distintivo do posto de Brigadeiro-General ao Coronel Domingos Raul “Falur Rate Laek”, ao Coronel Américo Ximenes “Sabika Bessi Kulit”, ao Coronel João Miranda “Aluk Descartes” e ao Coronel Cornélio Ximenes “Mau Nana”.

No acto solene de investidura, em representação da Brigada Negra, estiveram presentes Nuno Corvelo Sarmento (Laloran), João Bosco (Sau´nar) e Garibaldino J.E.S. (Rungu Ranga).

João Bosco, Aluk e Nuno Corvelo


Força Especial das FALINTIL

A Brigada Negra, também conhecida por BN, fundada em 16 de Março de 1996, era uma das alas militares que integrava o Comando das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) e desempenhava acções políticas e militares durante a Luta de Libertação Nacional numa lógica de Guerrilha Urbana.

Enquanto força especial das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL), actuando sob orientação estratégica do Comandante-Em-Chefe das FALINTIL, Kay Rala Xanana Gusmão, a supervisão da sua operacionalização ficou sob responsabilidade de Avelino Coelho (Shalar Kosi, FF).

A Brigada Negra também tinha um Chefe Principal, coadjuvado por vários assistentes operacionais que chefiavam várias secções, e uma representação no exterior para angariação de apoios. Havia quatro secções:

A Secção A tratava do estudo, organização e planeamento da aquisição de material de guerra para a Brigada Negra e para a Resistência Armada (RA). O planeamento, execução e envio do material à RA era definido segundo mecanismos próprios e em resposta às necessidades que fossem surgindo. Esta Secção começou a funcionar em 1995 e integrava-se nos planos da F. Operação Asuwain. Entre 1995 e 1996 fez-se a organização e tratou-se de toda a preparação interna, e no início de 1997, sob instruções e decisões do Comandante-Em-Chefe das FALINTIL, a actuação.

A Secção B tinha como grande missão o recrutamento de elementos e a sua preparação técnica na fabricação de explosivos para uso da Brigada Negra e das FALINTIL, e a mobilização desses explosivos para a Resistência Armada. E ainda havia as Secções C e D que tinham como grande missão provocar o caos total na Indonésia.

A Secção C estava planeada para desencadear a guerrilha urbana em Timor-Leste e na Indonésia, através de sabotagens armadas, principalmente na Indonésia, visando pontos estratégicos, económicos, e pontos sensíveis que pudessem provocar reacções nas massas populares contra o regime. Toda esta estratégia está definida no Job Description da BN.

A Secção D, basicamente, fazia trabalhos de inteligência e contra-inteligência, e só um número muito restrito da cúpula teve acesso ao seu modo de organização e funcionamento.

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