Díli, 25 jun (Lusa) - O
Konsolidarte, um coletivo de três artistas de Timor-Leste, dois timorenses e um
português, participa em julho no "Encontro em Macau - Festival de Artes e
Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa"
Os artistas timorenses Xisto
Soares e Tony Amaral e Ricardo Gritto levam três obras que, em conjunto, têm um
valor estimado de 250 mil dólares: a "Caixa Pandora",
"Acervo" e "Intelectual Gym", obras de pintura e 'mixed
media' em grande dimensão.
Em declarações à Lusa, Ricardo Gritto
destacou a importância da participação no certame que permitirá dar a conhecer
artistas de Timor-Leste num mercado como o chinês onde estão alguns dos maiores
colecionadores do mundo.
Tony Amaral, 34 anos, é graduado
da Escola Nacional de Arte em Sydney e já expôs na Austrália, Suíça, Indonésia
e Timor-Leste, registando trabalhos em duas edições da Bienal de Arte Asiática.
Ricardo Gritto, artista plástico
e investigador, é autor de vários projetos, com mestrado em ciências da
comunicação pela Universidade Nova e uma licenciatura em Belas Artes pela
Escola Superior de Arte e Design do Instituto Politécnico de Leiria.
Xisto Soares, 30 anos, é um
pintor e artista autodidata que em 2003 se juntou à primeira escola de arte de
Timor-Leste, a Arte Moris, tendo as suas obras integrado exposições na Suíça,
China e Austrália.
O Konsolidarte é um projeto de
promoção e desenvolvimento da arte contemporânea timorense "num contexto
de intercâmbio internacional de experiências e saberes no universo da arte,
pintura, escultura, instalação e outras formas de expressão artística".
O projeto centra-se na realização
de exposições, eventos e intervenções artísticas coletivas, "fomentando a
interação e aprendizagem mútuas entre artistas nacionais e estrangeiros" e
"tendo como objetivo final a internacionalização da arte timorense".
A primeira exposição do grupo
decorreu em maio de 2017, por ocasião do 15.º Aniversário da Restauração da
Independência, sob o tema "independência".
A primeira edição de
"Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países
de Língua Portuguesa", organizada pelo Instituto Cultural (IC), decorre em
julho e engloba cinco grandes eventos.
Destaque para um Festival de
Cinema, a exposição e Palestra "Chapas Sínicas - Histórias de Macau na Torre
do Tombo", o Serão de Espetáculos, o Fórum Cultural e a Exposição Anual de
Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
ASP // JMC
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