Três mortos e três feridos graves
após disparos de polícia em festa em Díli
18 de Novembro de 2018, 20:18
Díli, 18 nov (Lusa) -- Três
jovens morreram e três estão em estado grave no hospital nacional Guido
Valadares, em Díli, alvejados por um polícia fora de serviço durante uma
discussão numa festa em Díli, disse fonte hospitalar.
O novo balanço, confirmado à Lusa
por fonte oficial daquela unidade de saúde, revê em baixa os números
inicialmente divulgados por uma fonte policial, que referia cinco mortos no
mesmo incidente.
A fonte hospitalar explicou que
cinco pessoas foram hospitalizadas, das quais três estão em situação
"muito grave" e duas já tiveram alta.
A mesma fonte explicou que dois
dos feridos ainda internados foram submetidos a intervenções cirúrgicas e que o
terceiro aguarda entrada para o bloco operatório.
O incidente ocorreu durante a
madrugada numa festa no bairro de Culuhun, onde residiam tanto as vítimas como
os agressores, desconhecendo-se o que esteve na origem da discussão.
Até ao momento, não houve
qualquer declaração oficial do Governo timorense ou da polícia.
O caso está a suscitar críticas
nas redes sociais em Timor-Leste, nomeadamente por os polícias usarem a arma de
serviço quando não estão a trabalhar.
Incidentes envolvendo agentes ou
efetivos militares fora de serviço ocorrem com alguma regularidade em
Timor-Leste.
Na semana passada, uma discussão
numa festa, envolvendo pelo menos um polícia fora de serviço obrigou a uma
intervenção policial e pelo menos duas pessoas ficaram feridas.
ASP // FPA
Quatro polícias detidos após
disparos que fizeram três mortos em festa em Díli
18 de Novembro de 2018, 21:06
Díli, 18 nov (Lusa) -- Quatro
polícias timorenses foram hoje detidos e suspensos preventivamente por estarem
armados fora de serviço, após disparos de agentes contra jovens terem provocado
três mortos e três feridos graves numa festa em Díli, disse o comandante da
Polícia.
O comandante da Polícia Nacional
de Timor-Leste (PNTL), Julio Hornay, confirmou à Lusa que quatro agentes foram
detidos na sequência dos incidentes da madrugada de hoje por estarem armados,
fora de serviço, na festa onde ocorreram os disparos, em Díli.
Os disparos mataram três pessoas
e deixaram outras três em estado grave.
"A informação inicial é de
que só dois dispararam contra as pessoas, mas os quatro estavam armados e por
isso estão todos detidos e vão ser presentes a tribunal amanhã [segunda-feira].
Só depois da investigação saberemos quem fez o quê", explicou.
Hornay afirmou que, ao estarem
armados fora de serviço, os agentes "violaram a lei e têm de assumir as
consequências".
"As regras são muito claras.
Os membros que andam com armas fora do serviço estão a violar a lei. E tanto
eles com os seus comandantes têm de assumir as consequências e as
responsabilidades disso", afirmou à Lusa.
Em termos institucionais, disse,
a PNTL aplicou já suspensão preventiva aos agentes, estando o caso nas mãos do
Ministério Público.
"Enviei também uma diretiva
para todos os comandantes para que reforcem o controlo das armas", disse.
"O mais importante é o dever
dos comandantes controlarem as armas. As armas só podem ser usadas em serviço. A lei e as
regras dizem isto. Um individuo que viola estas regras assume as
responsabilidades e os seus comandantes também", insistiu Hornay.
Hornay lamentou o incidente,
insistindo que a PNTL é uma "instituição do Estado, mas também do
povo" e que casos como este afetam a credibilidade da instituição.
"Sinto-me muito triste
quando membros da PNTL atuam desta maneira. Não é correto e não vamos tolerar
que usem armas contra o povo, sem razão, violando a lei. A lei prevê que se
usem apenas em serviço e em caso de necessidade", disse.
"Tomaremos medidas fortes
contra quem afete negativamente o povo e o prestígio da instituição. Somos
profissionais ao serviço do povo e o comando vai garantir o cumprimento da
lei", disse.
O incidente ocorreu durante a
madrugada numa festa no bairro de Culuhun, onde residiam tanto as vítimas como
os agressores, desconhecendo-se o que esteve na origem da discussão.
O caso está a suscitar críticas
nas redes sociais em Timor-Leste, nomeadamente por os polícias usarem a arma de
serviço quando não estão a trabalhar.
Incidentes envolvendo agentes ou
efetivos militares fora de serviço ocorrem com alguma regularidade em
Timor-Leste.
Na semana passada, uma discussão
numa festa, envolvendo pelo menos um polícia fora de serviço obrigou a uma
intervenção policial e pelo menos duas pessoas ficaram feridas.
ASP // FPA
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