Sydney,
Austrália, 21 mai (Lusa) - O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott,
descartou hoje a possibilidade de acolher parte dos milhares de pessoas em busca
de asilo, 'bloqueados' em barcos no golfo de Bengala.
"A
Birmânia é a culpada porque é onde o problema tem origem. O nosso papel é fazer
tudo o que é humanamente possível para deter o tráfico de pessoas, e o melhor
modo de o fazer é deixando bem claro que se uma pessoa entra num barco
defeituoso, não obterá o que pretende, ou seja, uma nova vida num país
ocidental", afirmou Abbott.
O
primeiro-ministro disse ainda que se a Austrália fizer "o menor gesto para
encorajar as pessoas a entrar nos barcos, o problema irá agravar-se".
Os
Estados Unidos declararam-se dispostos a ajudar os países do sudeste asiático
que acolherem imigrantes, e também a prestar ajuda às agências da ONU.
"Os
Estados Unidos estão preparados para ajudar os países da região a 'assumir a carga'
e a salvar vidas hoje mesmo. Temos uma obrigação comum para responder ao apelo
destes imigrantes que arriscaram a vida no mar", disse a porta-voz do
Departamento de Estado, Marie Harf, na quarta-feira.
A
Malásia e a Indonésia acordaram acolher os milhares de imigrantes que
permanecem em barcos no golfo de Bengala e no mar de Andamão desde que a
comunidade internacional os ajude a repatriar ou a mudar dentro de um ano.
Cerca
de 3.000 imigrantes do Bangladesh e Birmânia desembarcaram a semana passada na
Malásia, Indonésia e Tailândia.
A
maior parte daqueles imigrantes é do povo rohingya, uma minoria muçulmana
perseguida na Birmânia, que não os reconhece como cidadãos e de onde zarpam
muitos dos barcos que operam para as redes de tráfico de pessoas.
ISG
(MSE)// FV.
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