Pequim,
11 jun (Lusa) - O ex-chefe da Segurança da China cuja condenação a prisão
perpétua foi anunciada hoje, Zhou Yongkang, "assumiu-se como culpado e não
vai recorrer da sentença", disse a agência noticiosa oficial chinesa
Xinhua.
O
julgamento decorreu num tribunal de Tianjin, norte da China, no passado dia 22
de maio, mas devido à natureza de um dos crimes imputados a Zhou Yongkang
("divulgação de segredos de Estado"), a audiência realizou-se à porta
fechada, indicou a mesma fonte.
A
Xinhua não precisa a natureza do referido "segredos de Estado".
Zhou
Yongkang, 73 anos, é o mais alto líder chinês condenado por corrupção desde a
fundação da Republica Popular da China, em 1949.
Citando
o tribunal de Tianjin, a Xinhua adiantou que Zhou recebeu subornos no valor de
cerca de 130 milhões de yuan (cerca de 19,2 milhões de euros).
O
antigo líder "aproveitou-se da sua posição para proporcionar lucros a cinco
outras pessoas" e "foi informado" que a sua mulher, Jia Xiaoye,
e um dos filhos, Zhou Bin, aceitaram dinheiro e bens no valor de 129 milhões de
yuan (19 milhões de euros), anunciou também o tribunal.
O
principal noticiário da televisão chinesa, difundido às 19:00 (12:00 em Lisboa)
pelo primeiro canal da CCTV (Televisão Central da China), em simultâneo com
varias estações provinciais, mostrou imagens de Zhou Yongkang a ouvir a
sentença pronunciada pelos juízes do Tribunal de 1.ª Instância de Tianjin.
Para
a atual liderança do PCC, a prisão de Zhou Yongkang, no ano passado,
"provou que ninguém está acima da lei".
Zhou
Yongkang era considerado um aliado de Bo Xilai, ex-lider do PCC no maior
município do país, Chongqing, e uma das estrelas da política chinesa, condenado
também a prisão perpétua, em setembro de 2013
AC
// JMR
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