Banguecoque,
12 jun (Lusa) -- As autoridades da Tailândia apreenderam 34 milhões de bath
(cerca de 800 mil euros) de redes ligadas ao tráfico de imigrantes na região,
informou hoje a imprensa local.
O
chefe do departamento contra a lavagem de dinheiro, Sihanart Prayoorat, disse
que quatro milhões de bath (cerca de 105 mil euros) correspondiam ao general
Manas Kongpan, o oficial com a patente mais elevada investigado por alegado
envolvimento em tráfico humano.
Manas
entregou-se a 03 de junho na central da Polícia Nacional em Banguecoque, um dia
depois de um tribunal de Songkhla ter emitido uma ordem de prisão contra o
general.
Segundo
a investigação oficial, Manas recebeu numa das suas contas bancárias
transferências monetárias de outros alegados traficantes de pessoas entre março
e fevereiro de 2014.
Em
meados do mês passado, o primeiro-ministro, o general Prayuth Chan-ocha,
rejeitou as alegações que apontavam para uma ligação de militares às redes de
tráfico de seres humanos.
O
jornal Bangkok Post informou há dias que as provas encontradas durante uma
operação contra as máfias, incluindo um recibo de uma transferência bancária em
nome de um militar, apontam para o presumível envolvimento de altos oficiais.
A
operação contra as redes de tráfico humano na Tailândia, no início de maio
desencadeou uma crise migratória, com o aparecimento de barcos com milhares de
migrantes nas águas da Indonésia, Malásia e Tailândia.
Mais
de 5.000 nacionais do Bangladesh e da minoria étnica 'rohingya' desembarcaram
desde então na Indonésia e Malásia, países que a 20 de maio se comprometeram a
acolher todos os imigrantes à deriva no mar, desde que a comunidade
internacional se comprometa a repatriá-los ou levá-los para um país terceiro no
prazo de um ano.
A
etnia muçulmana 'rohingya' é alvo de perseguição no oeste da Birmânia e também
não é bem-recebida no Bangladesh, escreve a agência Efe.
FV
(DM) // JCS
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