O
comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), responsável por
avaliar a perigosidade da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS),
decidiu que por enquanto esta não constitui razão para alarme mundial.
Os
especialistas conversaram na terça-feira pela nonagésima vez desde que o surto
começou, em 2012, e as suas conclusões foram hoje dadas a conhecer pela OMS.
Como
mais relevante sobressai o facto de os peritos entenderem que de momento não se
justifica declarar-se uma emergência sanitária mundial, porque nem sequer
existe comprovação de haver uma transmissão sustentada do vírus na comunidade
internacional.
Tal
emergência significaria assumir que o vírus MERS (conforme a sigla inglesa) se
transmite como uma gripe, que existe contágio por via aérea ou que qualquer
pessoa em contacto com um portador deste fica infetada.
O
exemplo mais claro é o surto a decorrer da Coreia do Sul, onde apesar do grande
número de casos, a OMS entende poder ser controlado, uma vez que por enquanto
todos os casos se encontram ligados ao paciente que foi contagiado no Médio
Oriente, como única fonte de transmissão.
Hoje
de manhã, o Governo coreano anunciou que o número de mortos desde a chegada do
vírus ao país em maio já ascende a 20, e o número total de casos subiu para
162.
Destes,
90 por cento manifestavam problemas de saúde cíticos anteriores, evidenciou o
Ministério de Saúde.
No
entanto, o comité deixou claro que a transmissão se propagou na Coreia, de
paciente a paciente, devido à falta de conhecimentos dos técnicos de saúde.
Os
especialistas salientaram as deficientes medidas de controlo e prevenção
existente nos centros de saúde, o hábito de os doentes visitarem vários
hospitais para obterem segundas e terceiras opiniões, e a tradição dos
familiares de acompanharem muito de perto os seus enfermos.
A
Coreia do Sul é o segundo país onde se regista o maior número de contágios
depois da Arábia Saudita, que assinalou a primeira vítima do vírus em 2012.
Desde
então, o vírus já infetou mais de 1.200 pessoas, das quais mais de 450 morreram.
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Ao Minuto com Lusa
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