Díli,
01 set (Lusa) - A situação que está a afetar a ligação aérea entre Díli e a
ilha indonésia de Bali mantida pela companhia Air Timor, através da empresa
indonésia Citilink, poderá demorar vários dias a resolver, segundo fonte do
setor em Díli.
Centenas
de passageiros foram já afetados em Díli e Denpassar (Bali) pelo cancelamento
dos voos previstos para hoje operados pela Air Timor e que marcavam o arranque
de um novo contrato com a Citilink, subsidiária da Garuda Indonésia.
Até
31 de agosto, os voos diários da Air Timor de e para Bali eram operados
diretamente pela Garuda, passando desde hoje, 01 de setembro, a ser operados
pela Citilink.
Fonte
do setor explicou à Lusa que o problema se prendeu, inicialmente, com o voo que
deveria ser usado para a viagem de Bali para Díli (e posterior regresso à
Indonésia), que não tinha a dimensão que a Air Timor pretendia.
Um
outro avião disponibilizado não terá conseguido a autorização em Bali para voar
para Díli por ser demasiado grande para a pista.
Em
comunicado divulgado hoje, a Air Timor explicou que o "arranque planeado
dos voos da Citilink Denpassar-Dili-Denpassar foi atrasado/adiado", sem
detalhar as causas exatas do problema.
"A
direção da Air Timor está a trabalhar incansavelmente para tentar alavancar o
apoio do Governo de Timor-Leste em discussões urgentes com funcionários
governamentais indonésios e funcionários locais timorenses", adiantou.
A
empresa acrescentou que está a oferecer apoio aos passageiros afetados,
procurando soluções alternativas ou reembolsos em dinheiro do valor dos
bilhetes.
"Estamos
extremamente preocupados com o que ocorreu e forneceremos informação atualizada
assim que a tivermos", sublinhou, notando que os voos da empresa para
Singapura não foram afetados.
O
voo, que deveria ter partido do aeroporto Ngurah Rai em Denpasar, Bali, cerca
das 09:00 locais acabou por não partir, com passageiros a explicarem que foram
informados inicialmente de um atraso e depois do cancelamento.
"Primeiro
fizeram o anúncio de atraso. Depois vimos a nossa bagagem a sair do avião e
este a ser rebocado. Duas horas depois disseram que o voo tinha sido cancelado
porque não tinham autorização para voar para Díli", escreveu uma
passageira num grupo de estrangeiros residentes em Díli, criado no Facebook.
Mário
Romaldo, diretor do Aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, garantiu à Lusa que o
problema deste voo não era com a Aviação Civil, confirmando que tinha sido dada
autorização para a realização dos voos.
"A
Air Timor tem um acordo com a Citilink e foi com base nesse acordo que
apresentou os documentos à Aviação Civil, que deu a autorização e aprovou os
voos operados pela Citilink", explicou.
"Da
parte da aviação civil não há problema. O problema não é da nossa parte. Agora
a bola está do lado da Citilink e da Air Timor", disse.
Formalmente,
a Air Timor é obrigada a contratar outras companhias aéreas para as ligações
com Timor-Leste porque o país ainda não pode emitir Air Operator Certificates e
outros certificados necessários para operações nacionais.
Os
voos da companhia aérea Sriwijaya entre Denpassar e Díli não foram afetados.
ASP
// VM
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