Pequim,
07 mar (Lusa) - O Governo chinês disse hoje que "não aceitará provocações
à porta de sua casa", face às manobras militares conjuntas entre os Estados
Unidos e a Coreia do Sul, que deverão durar até finais de abril.
"A
Coreia do Norte reagiu energicamente [contra as manobras] e a China também está
preocupada", destacou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros
chinês, Hong Lei.
Hong
recordou que a China "está geograficamente próxima à península
coreana" e assegurou que Pequim se "opõe com firmeza a qualquer ação
que gere problemas".
"Apelamos
a todas as partes para que mantenham a calma e contenção, não se provoquem
mutuamente, nem elevem a tensão", disse.
Questionado
sobre a reação da Coreia do Norte, que ameaçou com "ataques
preventivos", face às manobras militares entre Seul e Washington, Hong
limitou-se a responder que a "Península coreana é complexa e
complicada".
Sobre
as sanções aprovadas recentemente pelas Nações Unidas contra a Coreia do Norte,
o porta-voz chinês assinalou que o objetivo destas é evitar novos ensaios com
mísseis balísticos e nucleares e que "não afetam o povo [norte-coreano],
nem o seu bem estar ou necessidades humanitárias.
"Todos
devemos pôr em prática a resolução, mas não exagerar ou ignorar alguns dos seus
aspetos", afirmou, assegurando que a China - principal parceiro comercial
da Coreia do Norte - cumprirá fielmente com as medidas aprovadas pela ONU.
Hong
reiterou ainda a preocupação de Pequim com a possibilidade dos EUA instalarem o
sistema antimísseis THAAD na península coreana.
O
escudo "aumentará as tensões regionais, afetará o equilíbrio na região e
minará a segurança estratégica da Rússia e da China", apontou.
JOYP
// VM
Sem comentários:
Enviar um comentário