Genebra,
08 mar (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pediu hoje
em Genebra, no Conselho de Direitos Humanos, o apoio dos representantes
especiais da ONU na luta contra trabalho infantil.
"Tendo
em conta a natureza singular da nossa organização que abrange países de quatro
continentes, gostaríamos de questionar as representantes especiais sobre que
sugestões de boas práticas dariam à nossa organização", disse o
vice-ministro dos direitos humanos do Brasil Rogério Sottili, que falava em
nome da CPLP.
A
intervenção decorreu no quadro da discussão sobre a violência contra crianças e
sobre crianças em conflito armado, na 31.ª sessão do dos direitos humanos em
Genebra.
O
representante brasileiro também demonstrou a disposição da CPLP para apoiar os
mandatos dos representantes especiais das Nações Unidas.
A
organização declarou o ano 2016 como o "Ano da CPLP contra o Trabalho
Infantil" e comprometeu-se com que "todas as crianças possam ter
direito a um desenvolvimento saudável e livre de violência física e
psicológica", de acordo com o vice-ministro brasileiro.
Rogério
Sottili ainda recordou iniciativas de realizadas pela CPLP, entre as quais, o
projeto "Meninos de rua: Inclusão e Inserção", que apoiava crianças e
jovens marginalizados e incluía ações de formação e sensibilização para os
direitos das crianças.
No
ano passado, os ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais dos Estados
Membros da CPLP assinaram a declaração de Díli sobre a Proteção Internacional
das Crianças no espaço da CPLP.
Referindo-se
a objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas, o membro do Governo brasileiro
apelou a reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de
mortalidade, no mundo, e acabar com o abuso, exploração, tráfico e todas as
formas de violência e tortura contra crianças.
A
"Agenda 2030" é um novo plano das Nações Unidas que agrupa um
conjunto de ações e programas para um desenvolvimento sustentável, incluindo o
respeito dos direitos humanos.
O
vice-ministro dos direitos humanos do Brasil ainda reiterou que os Estados
membros da CPLP "estão unidos em torno da defesa incondicional dos
direitos humanos" e "conferem grande importância aos direitos das
crianças".
A
CPLP celebra este ano o seu 20.º aniversário. A organização reúne Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tome e Príncipe e Timor-Leste.
VYE
// PJA
Sem comentários:
Enviar um comentário