Está
fechado o campeonato. Benfica venceu tranquilamente o Nacional por 4-1, com
golos de Gaitán (bisou), do inevitável Jonas e de Pizzi – Agra fez o tento de
honra do Nacional.
Sporting passeou em Braga com uma goleada de 0-4 (dois de
Bryan Ruiz, um de Teo e outro de Slimani). Contas finais: o Benfica é
tricampeão, o Sporting fica em segundo, o FC Porto fecha o pódio.
Acompanhe em
direto a emissão especial SIC Notícias.
Expresso
Expresso
Muitos
gritos de vitória, cantigas improvisadas e abraços na festa benfiquista em
Bissau
O
Benfica deu a muitos guineenses uma razão para esquecer a crise política no
país e festejar, com muitos gritos de vitória, cantigas improvisadas e abraços
em vários locais de Bissau.
"Hoje
temos esta vitória para festejar. Estou muito, muito contente", dizia em
voz alta um adepto na sede do Sport Bissau e Benfica.
Ali,
como noutros pontos da capital, um ecrã de televisão juntou dezenas de adeptos
até ao apito final da partida em Lisboa, a 3.000 quilómetros de distância, mas
para os benfiquistas da Guiné era como se lá estivessem.
Gritaram
palavras de apoio para o relvado, juntaram-se ao coro do Estádio da Luz e
explodiram de alegria com muitos abraços quando o jogo do título chegou ao fim.
"Foi
difícil, mas conseguimos", dizia um dos presentes por entre a gritaria,
enquanto uma das poucas mulheres no local referia que tinha sido "Jorge
Jesus quem deu mais vontade para conquistar o título".
A
festa continuou à porta do Benfica de Bissau, onde os carros passavam a apitar
e onde os adeptos se começaram a juntar em maior número.
"O
Benfica deu-me 35, o Benfica já me deu 35", foi o refrão de uma música
improvisada no local pelo benfiquistas que desvalorizaram a conquista na última
jornada.
No
final, "isso não importa", rematou um adepto, enquanto virava as
costas para mostrar a camisola com uma impressão feita de véspera onde se lia:
"tricampeões.
LFO
// JPF - Lusa
Angolanos
e portugueses festejam em Luanda ao som do Benfica para esquecer a crise
Algumas
centenas de angolanos e portugueses festejaram hoje, ao som do kuduro, num
hotel de Luanda, o título de campeão nacional português do Benfica, esquecendo,
por momentos, a crise que marca o dia-a-dia de Angola.
"Neste
momento não há crise nenhuma. O Benfica faz esquecer tudo, a crise e os
problemas", disse à Lusa o apresentador da televisão angolana Pedro
N'zagi, que foi o animador de serviço da festa na conhecida "Casa
70", local de concentração dos benfiquistas em Luanda.
Ao
ritmo do kuduro e regada com muita Cuca, a cerveja angolana, a festa foi
animada ainda pelos cânticos de apoio ao Benfica, repetidos a uma só voz por
angolanos e portugueses.
"Uma
das coisas mais impressionantes é estar fora do país, fora de Portugal, fora da
sede do clube e esta família estar aqui como se fosse ao estádio. Essa é a
força do Benfica", rematava Pedro N'Zagi, enquanto já lançava ao microfone
da "Casa 70" o desafio: "Benfica dá-me o 36".
Em
pleno coração do bairro Vila Alice, aquele espaço foi pequeno para receber os
adeptos benfiquistas, angolanos e portugueses, que pretendiam assistir, pela
transmissão televisiva, ao decisivo jogo no estádio da Luz, praticamente todos
equipados a rigor, de todas as idades, formando uma espécie de estádio em
miniatura em que nem os constantes cânticos faltavam.
Em
maio de 2015 a Lusa encontrou neste casa emblemática de Luanda Luís Ramos, 33
anos, e Joana Sampaio, de 27, dois portugueses que acabavam de chegar a Angola
e que comemoravam então o primeiro título fora de casa.
O
piloto e a relações públicas repetiram hoje a presença na "Casa 70",
depois de um ano de dificuldades: "Na altura estava a chegar e agora estou
de partida. Foi o meu primeiro 'tri' e logo aqui em Angola. Aliás, festejei
dois campeonatos neste sítio, o que foi muito bom", disse à Lusa Luís
Ramos.
Ao
fim de um ano e meio, o piloto português deixa Angola já em junho, mas ainda
não sabe onde poderá comemorar um próximo título benfiquista:
"Infelizmente estou de saída, mas foi uma excelente experiência e levo
grandes recordações. Vamos ver se é em Portugal ou noutro sítio do mundo que
volto a comemorar".
Então
com poucos dias de Angola, Joana Sampaio regressou à mesma casa onde festejou o
seu primeiro campeonato fora de Portugal quando ainda dava os primeiros passos
no país. Hoje a emoção foi a mesma.
"Seja
em Lisboa ou em Luanda a sensação de felicidade é a mesma. E isto, para quem
está fora, é uma forma de aproximação às nossas raízes, num ambiente de festa,
que depois também nos dá alguma saudade, de querer estar lá", disse.
Enquanto
já ensaiava uns passos de kuduro, Joana não deixa de se mostrar agradada com a
experiência de um ano em Angola.
"Está
a ser uma grande experiência a título pessoal e profissional, apesar das
dificuldades que o país está a atravessar. Mas com vontade e determinação
conseguimos", concluiu.
Numa
ronda pela cidade de Luanda, em vários outros restaurantes era possível ver a
festa de angolanos e portugueses, sobretudo no exterior, com todos equipados a
rigor e entoando o cântico "Benfica campeão".
PVJ
// JMR - Lusa
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