Pequim,
26 mai (Lusa) - A queda de Guo Boxiong e Xu Caihou, dois antigos
vice-presidentes da Comissão Militar Central do Partido Comunista da China
(PCC), deveu-se mais a "erros políticos" do que à sua "evidente
corrupção", avança hoje um jornal oficial.
"O
motivo chave (...) reside na violação da base da disciplina política do
partido, mais do que os crimes de corrupção que cometeram, apesar de estes
serem notórios e abomináveis", indica o Diário do Exército de Libertação
Popular (ELP).
Guo,
formalmente acusado de corrupção em abril passado, é a mais alta patente
militar chinesa a ser julgada desde a fundação da China comunista, em 1949.
Xu,
que foi também o 'número dois' da Comissão Militar, morreu de cancro no ano
passado, já depois de ter sido expulso do PCC, mas antes de ser submetido a
julgamento.
Assegurar
a "liderança absoluta do PCC no exército teve uma importância
decisiva", em ambos os casos, indica o artigo.
O
jornal acrescenta ainda que "os altos cargos das Forças Armadas detêm
enorme poder, o que significa que qualquer erro que cometam pode ser
sério".
"E
tratando-se de erros políticos, a punição poderá ser ainda mais severa",
prossegue, acrescentando, sem detalhar, que durante um período, "as
reformas políticas no exército foram sabotadas por várias razões".
A
queda de Guo e Xu surge na sequência das medidas do Presidente chinês, Xi
Jinping, destinadas a consolidar um maior poder para o controlo do EPL, o maior
exército do mundo e o melhor equipado militar e tecnicamente.
Além
de ser secretário-geral do PCC, o cargo mais importante do país, Xi dirige
também a Comissão Militar Central e foi recentemente nomeado "comandante
em chefe" das Forças Armadas.
JOYP
// MSF
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