Hong
Kong, China, 30 jun (Lusa) -- Mais de 2.000 polícias vão ser destacados na
sexta-feira para a zona do Gabinete de Ligação do Governo Central da China em
Hong Kong, onde três grupos vão promover um protesto no 19.º aniversário da
transferência de soberania para a China.
O
protesto é promovido pelo Hong Kong National Party, Hong Kong Indigenous e
Youngspiration, grupos 'localists' que se distanciaram da tradicional marcha
anualmente realizada, a partir do Parque Victoria, pela Frente Civil dos
Direitos Humanos, que este ano estima a participação de 100.000 pessoas,
escreve o South China Morning Post.
Segundo
a imprensa local, os três grupos não pediram autorização à polícia para o
protesto junto ao Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong.
O
protesto é referido como 'black mask rally' [concentração de máscaras pretas,
na tradução livre], em alusão ao pedido dos organizadores para os participantes
levarem máscaras e roupas pretas para dificultar a identificação pela polícia.
O
movimento 'localism' cresceu após as manifestações pró-democracia em 2014 e o
fracasso em conseguir concessões de Pequim sobre a reforma política.
Estes
novos grupos, designados 'localists', pedem uma maior autonomia em relação à
China -- alguns falam mesmo em independência --, e defendem o recurso a táticas
mais radicais para forçar a mudança.
Numa
entrevista à Bauhinia Magazine, citada hoje pelos jornais da antiga colónia
britânica, o diretor do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do
Conselho de Estado chinês disse que os apelos para a independência Hong Kong
estão a ser defendidos apenas por um pequeno número de radicais.
Wang
Guangya disse que Pequim está a vigiar de perto os "separatistas" de
Hong Kong e que esta "fase inquieta" vai eventualmente morrer com o
amadurecimento dos políticos, segundo a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong.
FV
// VM
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