Sydney,
28 nov (Lusa) -- Sessenta e sete por cento dos corais no norte da Grande
Barreira da Austrália, que fica no nordeste do país, morreu nos últimos oito ou
nove meses, de acordo com um estudo científico hoje divulgado.
"Esta
região tinha escapado com pequenos danos devido à descoloração entre 1998 e
2002, mas desta vez foi realmente afetada", disse Terry Huhes, diretor do
Conselho de Investigação Australiana, que conduziu o levantamento aéreo da
área.
"A
boa notícia é que dois terços dos corais no sul da Grande Barreira escaparam
com danos mínimos", disse Andrew Baird, do mesmo Conselho, que dirigiu os
mergulhos realizados em outubro e novembro.
Especialistas
estimam que a região norte da Grande Barreira de Coral precisará entre 10 e 15
anos de tempo para recuperar os seus corais, a menos que as alterações
climáticas modifiquem os ciclos e façam com que se reproduzam mais rapidamente.
Vários
estudos científicos publicados este ano alertaram sobre o mau estado dos corais
da Grande Barreira que, com os seus 2.300 quilómetros de extensão, é o maior
sistema de corais do mundo e considerado Património Mundial pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A
Grande Barreira de Coral, que abriga 400 tipos de corais, 1.500 espécies de
peixes e 4.000 variedades de moluscos, começou a deteriorar-se na década de
1990 devido ao aquecimento do oceano e ao aumento da acidez da água pelo
aumento da presença de dióxido de carbono na atmosfera.
CSR
// VM
Sem comentários:
Enviar um comentário