Díli,
13 mar (Lusa) - Timor-Leste organiza em maio o 3.º Congresso da Educação para
rever as políticas adotadas até aqui e, segundo explicou à Lusa o ministro da
Educação, adotar um consenso sobre as diretrizes para o setor.
António
da Conceição - atualmente em licença para a campanha para as eleições
presidenciais de 20 de março e que regressa às funções ministeriais após o voto
- disse que é necessário "um consenso nacional que ajude a definir linhas
para fortalecer o importante setor educativo".
Sob
o lema de "Consenso Nacional da Educação", o congresso decorre entre
03 e 05 de maio em Díli e centra-se em seis áreas: currículo, gestão e formação
de professores, administração e inspeção escolar, infraestruturas e
equipamentos educativos, gestão do ensino superior e participação de pais e
comunidade educativa.
"Medir
a capacidade e a qualidade da educação passam não só pelo currículo, mas pela
capacidade de os professores poderem implementar o currículo, a capacidade
linguística para poderem fazer a transmissão da ciência para o aluno e outras
competências necessárias para manter uma comunicação efetiva com os
estudantes", referiu António da Conceição.
Destacando
a colaboração que já existe com Portugal e com o Brasil na formação de
professores, o Governo de timorense continua a considerar este aspeto "uma
das prioridades" do setor, estando em curso contactos para mais cooperação
com Cabo Verde e Moçambique.
O
ministro admitiu ainda que a questão da língua - Timor-Leste tem o português e
o tétum como línguas oficiais - ainda suscita preocupação, não por essa decisão
em si, mas sobre como "fazer melhor a divulgação da língua por todo o
território". Entre as estratégias, citou o papel da comunicação social,
cooperação com a televisão nacional de Timor-Leste e mais cursos de língua
portuguesa, com a participação do setor privado, nos municípios do país.
"Este
congresso vai ser uma oportunidade de avaliar o diagnóstico que está a ser
feito para poder direcionar a educação em Timor-Leste, para demonstrar o que
temos feito de bom e o que ainda está a ser um desafio para o desenvolvimento
da educação", disse.
ASP
// MP
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