O
primeiro-ministro timorense afirmou hoje que o comportamento dos líderes
políticos e o grande sentido cívico da população está a permitir que a campanha
para as legislativas de 22 de julho decorra em tranquilidade e sem incidentes.
"O
que mais me impressionou foi o sentido cívico da população. Vamos às zonas
rurais e vemos uma fileira de casas com bandeiras intercaladas de vários
partidos e as pessoas aceitam essa diversidade de opções políticas", disse
à Lusa Rui Maria de Araújo.
As
campanhas dos vários partidos estão a decorrer "com dignidade" e as
forças candidatas estão a ter a "oportunidade de apresentar os seus
programas" e, embora alguns "usem linguagem mais forte, menos forte,
a tónica geral dos partidos é de tentar esclarecer ao máximo a população sobre
os seus programas e o que pretendem fazer se ganharem a eleições".
Rui
Araújo, que falava à Lusa à margem de uma visita que efetuou com o Presidente
timorense ao quartel-general das Forças de Defesa (F-FDTL) em Díli, disse que para
o Governo "é motivo de orgulho" que "tanto os políticos como os
cidadãos, como as forças de defesa e segurança estejam a comportar-se de forma
magnífica".
Em
termos gerais e apesar de pequenas situações pontuais, os órgãos de
administração eleitoral, Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado
Técnico de Assistência Eleitoral (STAE) estão ajudar a garantir que tudo
decorre dentro do regulamentado.
Tem
havido apenas "pequenas violações das regras", como os partidos irem
além das horas estipuladas no horário da campanha, mas "nada de
maior", disse o chefe do Governo.
"Essa
capacidade de observação e monitorização ser descentralizada nos municípios
ajuda bastante a que tudo funcione de forma magnífica", explicou.
A
campanha para as legislativas de 22 de julho, a que se apresentam 21 forças
políticas, começou a 20 de junho e decorre até 19 deste mês.
Os
764.858 eleitores timorenses recenseados para o voto terão a oportunidade de
eleger os próximos 65 membros do Parlamento Nacional.
As
autoridades eleitorais timorenses vão instalar 1.121 assembleias de voto em 859
centros de votação, dos quais pelo menos sete vão funcionar no estrangeiro, na
Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido.
Lusa
| em Diário de Notícias
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