Díli,
21 set (Lusa) - A Fretilin, o partido timorense mais votado e que lidera a
coligação de Governo, ficou praticamente ausente da liderança das comissões
parlamentares com as forças da oposição a distribuírem entre si quase todas as
presidências e vice-presidências.
Dos
21 cargos de liderança (presidente, vice-presidente e secretaria) das sete
comissões especializadas do Parlamento Nacional, deputados da Frente
Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) ocupam apenas dois, em
concreto os de presidente e secretaria da comissão de Finanças Públicas (C).
O
Partido Democrático (PD), parceiro da Fretilin no Governo, não tem qualquer
cargo.
O
Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT), com oito deputados entre
os 21 que lideram comissões parlamentares, preside a duas das comissões:
Assuntos Constitucionais, Justiça, Administração Pública, Poder Local e
Anticorrupção (A) e Ética (G).
Este
partido tem dois vice-presidentes, na comissão de Finanças Públicas (C) e na
comissão de Economia e Desenvolvimento (D).
O
Partido de Libertação Popular (PLP) tem praticamente todos os seus deputados em
posições de liderança nas sete comissões, presidindo à comissão de Negócios
Estrangeiros, Defesa e Segurança Nacionais (B), à de Economia e
Desenvolvimento, e à de Infraestruturas, Transportes e Comunicações (E).
O
PLP ocupa os cargos de vice-presidente nas comissões de Assuntos
Constitucionais, Justiça, Administração Pública, Poder Local e Anticorrupção
(A), na de Saúde, Educação e Cultura, Veteranos e Igualdade de Género (F) e na
de Ética (G).
Finalmente,
o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) preside à comissão F e tem
as vice-presidências da B e da E.
Isso
significa que os dois partidos que compõem a coligação de Governo, Fretilin e
PD, são os com menos representação na liderança das comissões especializadas de
entre os cinco com assento parlamentar.
A
Fretilin tem 23 deputados no parlamento de 65 lugares, mais um que o CNRT, que
tem 22 lugares.
A
terceira força mais votada é o PLP, com oito lugares, seguindo-se o PD, que
controla sete lugares e, finalmente, o KHUNTO, com cinco.
Criadas
no início de cada legislatura, as comissões especializadas são um dos elementos
centrais do processo legislativo no Parlamento Nacional.
ASP
// EJ
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