O afamado líder timorense Xanana
Gusmão assumiu estar em estado de “guerra” com o presidente Lu Olo, porque ele
não aceita nomeações de governantes
considerados suspeitos de atos de corrupção e indiciados/investigados pelas
autoridades judiciais.
Lu Olo deseja para Timor-Leste um governo “limpo”, sem governantes que não merecem a confiança da população e dele próprio. O PR
está no seu direito de desejar o melhor para o país, exigindo que os governantes
por ele a empossar não tenham um passado dúbio relativamente à sua honestidade.
A “guerra” movida por Xanana Gusmão
contra o presidente Lu Olo deve-se à não aceitação de tal requisito imposto. Uma
“guerra” aberta e que já está a assumir foros de sujidade intelectual e política.
Apanágio de Xanana como mestre da manipulação.
Ao que até agora foi perceptível o
já primeiro-ministro Taur Matan Ruak, da coligação com Xanana, alinha pelo
diapasão do afamado líder. O que não deixa de ser estranho por ter sido um crítico
exacerbado contra a corrupção quando no cargo de presidente da república, não há
muito tempo atrás.
Recordando a capacidade
estratégica e parasitária de Xanana Gusmão ao usar as pessoas para seus propósitos
políticos e intelectuais não deixa de ser admissível que também o agora seu
aliado Taur, atual PM, esteja a ser usado por Xanana Gusmão. Tal como
anteriormente Rui Araújo quando primeiro-ministro escolhido por Xanana mas
sobre a sua supervisão e controle. Isso mesmo confessou o afamado Xanana em notícia
que aqui reproduzimos a seguir, datada de 2018.
E atualmente Xanana está a usar,
manipular, Taur Matan Ruak? E Taur sente-se confortável naquela situação? Ao
que parece, sim. O próprio deverá ter os seus cuidados com os propósitos do
afamado líder e olhar com olhos de ver para o passado do líder endeusado mas
que já aparentou ter muitos “rabos de palha” em termos políticos e não só... (MM = AV | TA)
Xanana Gusmão admite que usou
ex-PM Rui Araújo em "guerrilha política"
O líder timorense Xanana Gusmão
admitiu hoje ter usado Rui Araújo, que nomeou como seu sucessor no cargo de
primeiro-ministro, numa ação de "guerrilha política" em que se aliou
com a Fretilin para controlar o parlamento.
"Sei que vou ofender o Rui.
O Rui é muito meu amigo, gosto muito dele e trabalhamos desde o tempo da
clandestinidade. Mas usei-o. Usei-o", disse numa entrevista à Lusa em
Pante Macassar, no enclave de Oecusse, região onde está, desde domingo, em
campanha.
Recorde-se que no início de 2015
Xanana Gusmão se demitiu do cargo de primeiro-ministro - o Governo era formado
por uma coligação de três partidos (CNRT, PD e FM) - nomeando como seu sucessor
um membro do Comité Central da Fretilin, Rui Maria de Araújo.
O PD foi formalmente expulso do
Governo, os seus membros ficaram como independentes e com Araújo entraram mais
três elementos da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin),
que continuou a votar ao lado do Governo em praticamente tudo.
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