Pequim,
23 mai (Lusa) -- A China condenou a dez anos de prisão dois cidadãos por
alegada espionagem militar para outros países, alegadamente recrutados através
da Internet, e deteve outro indivíduo sob as mesmas acusações, informa hoje o
diário Global Times.
O
departamento de Segurança da província de Jiangsu, no leste da China, anunciou
as sentenças dos dois condenados e a detenção do terceiro indivíduo, todos eles
acusados de seguir os movimentos do exército chinês e de passarem documentos
secretos a agências de espionagem estrangeiras, segundo o diário.
O
único dos três que já tinha sido preso, com 30 anos e apelido Wu, foi condenado
por facultar mais de 120 arquivos e fotografias, incluindo 11 documentos
secretos, sobre instalações de treino e bases do exército e da força aérea
chinesa.
Alegadamente
o acusado recebeu o pagamento de 3.800 yuan (560 euros) pelas informações.
Foi
também condenado à prisão um jornalista de 53 anos, chamado Zhao, por alegada
recolha de informação militar e sobre o Partido Comunista na província de
Jiangsu, incluindo 11 documentos confidenciais.
Em
troca desses arquivos, o acusado recebeu 74.500 yuans (cerca de 10.900 euros),
segundo as autoridades chinesas.
Sobre
o acusado mais jovem, conhecido como Gu e que tem 24 anos, a justiça chinesa
não se pronunciou. O indíviduo enfrenta acusações similares aos dois outros
casos por facilitar, alegadamente, 93 fotografias de instalações militares, 33
mapas e 29 relatórios, incluindo quatro documentos classificados, pelos quais
terá obtido 34.460 yuans (cerca de 5.000 euros).
Todos
os acusados receberam as ordens de agências de espionagem estrangeiras, através
da Internet, em páginas de busca de emprego, no final de 2013, de acordo com as
autoridades judiciárias de Jiangsu, citadas pelo Global Times.
Não
foi especificado qual o país ou países para o quais foram enviadas as
informações, refere a agência Efe.
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// SO
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