Em
reunião com Malásia e Indonésia, governo de Myanmar se comprometeu trabalhar
para solucionar o conflito que levou milhares de muçulmanos rohingyas a
deixarem o país. País conduziu primeiro resgate de migrantes.
O
governo de Myanmar realizou nesta sexta-feira (22/05) o primeiro regaste de um
barco com migrantes em alto-mar, no Sudeste Asiático. Segundo as autoridades,
208 pessoas estavam a bordo.
A
ação ocorreu um dia depois de Myanmar ter concordado em tomar providências para
resolver o conflito que está levando milhares de membros da minoria muçulmana
rohingya a deixar o país.
"Myanmar
está pronto para cooperar com a Malásia, resolvendo o conflito no estado de
Rakhine, assim como a crise humanitária no Golfo de Bengala e no Mar de
Andamão", afirmou o ministro malaio do Exterior, Anifah Aman.
O
anúncio foi feito após um encontro de Aman com os ministros do Exterior da
Malásia e Indonésia para pressionar Myanmar a conter o êxodo da etnia rohingya.
Aman disse também que o governo de Myanmar está preocupado com a situação e
continua implementando programas de desenvolvimento econômico e social na
conturbada região oeste do país.
A
primeira operação de resgate das autoridades de Myanmar foi conduzida uma
semana após o país sofrer duras críticas por não fazer o suficiente para
aplacar a crise migratória. Durante uma patrulha, um navio da Marinha de
Myanmar encontrou dois barcos.
"Cerca
de 200 bengalis estavam em uma das embarcações", afirmou o oficial da
Marinha Tin Maung Swe. "O segundo navio estava vazio." De acordo com
Swe, os migrantes foram levados para um acampamento temporário em Maungdaw,
onde receberam assistência médica e alimentação.
As
autoridades de Myanmar usam o termo bengali de forma pejorativa para descrever
os mais de 1,3 milhão de membros da minoria muçulmana rohingya que vivem no
estado de Rakhine, no oeste do país. Myanmar lhes nega cidadania por
considerá-los imigrantes ilegais de Bangladesh, embora muitos deles vivam na
região há gerações. Atualmente eles são perseguidos tanto pelo exército como
por budistas extremistas.
A
agência da ONU para refugiados (Acnur) estima que mais de 3 mil migrantes ainda
estejam à deriva no Mar de Andamão. Outros 3 mil migrantes foram levados para a Malásia
e Indonésia.
Muitos
dos que estão a bordo das embarcações no Sudeste Asiático pertencem à minoria
rohingya e estão fugindo da violência e de perseguições em Myanmar. Outros ,
de Bangladesh, migram principalmente por razões econômicas.
Deutsche
Welle - CN/dpa/afp/ap
Sem comentários:
Enviar um comentário