O
secretário-geral da ONU defendeu hoje como "primeira prioridade"
salvar os milhares de migrantes que, ao fugirem da perseguição de que são
alvos, estão à deriva nos mares do sudeste asiático, correndo risco de vida.
Ban
Ki-moon disse acreditar nos países da região para resolver o problema da
minoria muçulmana rohingya que fugiu de Myanmar (antiga Birmânia), onde são
perseguidos, e dos migrantes oriundos do Bangladesh que tentam fugir da pobreza
extrema em que vivem.
"Quando
as pessoas estão à deriva no mar, a primeira prioridade é olhar para elas para
salvá-las e prestar-lhes assistência humanitária", disse o
secretário-geral das Nações Unidas, durante uma visita a Hanoi e antecipando a
conferência regional na Tailândia que se realiza no próximo dia 29 para
discutir este problema.
Segundo
a ONU, milhares de pessoas morrem afogadas na Baía de Bengala, um fenómeno que
dura há anos mas que este mês se agravou devido à nova política repressiva da
Tailândia.
O
diplomata sul-coreano recordou as recentes reuniões com os líderes da
Tailândia, Malásia e de Myanmar, que chamou para "abordar claramente as
raízes deste problema" ou seja, a razão pela qual "as pessoas estão a
fugir."
Ban
Ki-moon lembrou que se devem proteger vidas e agir de acordo com a lei
internacional, que estabelece a obrigação de salvar os migrantes em perigo no
mar e não devolvê-los a zonas em que possam estar em perigo e por isso voltou a
pedir aos responsáveis governamentais que não recusem os migrantes.
Segundo
o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), só no
primeiro trimestre do ano fugiram em barcos cerca de 25 mil pessoas do
Bangladesh e de Myanmar, o dobro do que foi registado no mesmo período do ano
passado.
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Ao Minuto com Lusa
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