Banguecoque,
27 mai (Lusa) - As autoridades da Malásia tiveram conhecimento dos campos de
imigrantes operados por redes de tráfico no seu território no princípio do ano,
antes de admitir a sua existência na semana passada, noticia hoje a imprensa
local.
A
polícia anunciou na segunda-feira que encontrou 28 acampamentos com 139 valas
comuns com os restos mortais de imigrantes, no estado de Perlis, numa operação
realizada entre 11 e 23 de maio, dias depois de a polícia tailandesa ter feito
uma descoberta semelhante do outro lado da fronteira.
No
entanto, funcionários da polícia malaia disseram ao diário The Star que os
acampamentos foram encontrados em janeiro, após a detenção de um grupo de
imigrantes indocumentados que guiaram as autoridades ao lugar onde tinham sido
retidos pelos traficantes.
Um
agente disse ao jornal que nessa altura encontraram cerca de 50 pessoas,
possivelmente do Bangladesh e rohingyas, encerradas em jaulas, com um aspeto
frágil e faminto.
As
equipas forenses começaram a exumar os corpos encontrados nestes campos na
terça-feira.
Organizações
como a Human Rights Watch já denunciaram que as redes de tráfico de pessoas
atuam com a cumplicidade de funcionários, governantes e forças de segurança da
Malásia, Tailândia, Birmânia e Bangladesh.
ISG
// NS
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