Díli,
14 ago (Lusa) - O porta-voz do Governo timorense, Agio Pereira, disse hoje que
o executivo dará todo o apoio que precisar a família do ex-guerrilheiro Mauk
Moruk, morto numa troca de tiros com efetivos de segurança timorenses no sábado
passado.
"Amanhã
chega a viúva do Mauk Moruk, de Amsterdão. O processo está agora no âmbito da
família. O Governo no âmbito do que a família quiser e necessitar dará todo o
apoio", afirmou à Lusa.
Agio
Pereira, ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros,
confirmou ainda que, até ao momento, não houve qualquer pedido da família para
que Mauk Moruk venha a ser enterrado no Cemitério dos Heróis em Metinaro, a
leste de Díli.
"Isso
é outro assunto mas a família nunca levantou essa possibilidade", disse.
O
corpo de Mauk Moruk está a ser velado pela família desde o início da semana,
numa casa na zona de Metiaut, em Díli, não havendo ainda informações claras
sobre quando será o funeral.
Agio
Pereira disse que a situação no país está calma e que as autoridades não
esperam incidentes depois dos rituais funerários, explicando que a operação
conjunta, inicialmente desencadeada para captura Mauk Moruk, ainda continua.
"A
operação continua. O Governo, através da Comissão Interministerial de Segurança
fará a avaliação para decidir quando exatamente é que se deve propor ao
Conselho de Ministros parar a operação", disse.
Sobre
o custo até agora da operação, que começou em março, o porta-voz do Governo
disse que o comando "apresentará o relatório para avaliar todo este processo".
Recorde-se
que o comandante das forças de defesa de Timor-Leste (F-FDTL), major general
Lere Anan Timur, disse esta semana que as autoridades timorenses tentaram até
ao último momento que este se entregasse.
Mauk
Moruk era procurado pelas autoridades timorenses desde março, no âmbito da
operação de nome código Hanita que envolvia efetivos das F-FDTL e da Polícia
Nacional de Timor-Leste (PNTL).
Segundo
explicou Lere Anan Timor-Leste, antes da troca de tiros que acabaria com a
morte de Mauk Moruk e dois dos seus apoiantes, o Comando da Operação Conjunta
(COC) mobilizou o coronel Falur Rate Laek, um dos veteranos das F-FDTL, para
tentar através de Angela Freitas, porta-voz de Mauk Moruk, encontrar uma
solução por via do diálogo.
"Tentou-se
que se convencesse Mauk Moruk a entregar-se mas o resultado destas tentativas
foi negativo", afirmou.
"A
força no terreno fez vários esforços para tentar negociar com Mauk Moruk que
não só ignorou esses pedidos mas respondeu com rajadas de tiros. Perante este
ataque de Mauk Moruk as forças contra-atacaram e daí resultou a sua morte e de
dois membros que o acompanharam, tendo outro ficado ferido", disse.
ASP
// FV.
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