Banguecoque,
18 mai (Lusa) -- Mais de mil refugiados continuam retidos em centros de
detenção ou abrigos na Malásia, Tailândia e Indonésia um ano depois de ali
desembarcarem após serem abandonados por traficantes no Oceano Índico, informam
fontes oficiais.
Dos
5.543 bengalis e rohingyas, minoria muçulmana birmanesa, que partiram no ano
passado do Bangladesh e da Birmânia, 1.132 permaneciam, no final de abril,
nesses três países, segundo a Organização Internacional para as Migrações
(OIM).
A
maioria dos que continuam retidos são rohingyas, minoria que foge de
perseguição na Birmânia, onde as autoridades não lhes reconhecem cidadania.
Pelo
menos 2.646 cidadãos do Bangladesh que durante maio de 2015 desembarcaram na
Malásia, Tailândia, Indonésia e Birmânia foram repatriados, indicou a OIM no
seu último relatório.
O
maior contingente deste grupo de imigrantes ilegais encontra-se na Malásia,
onde permanece o regime de detenção de 456 dos 1.107 que chegaram em duas
embarcações.
Na
Indonésia, onde chegaram 1.807 imigrantes, 285 estão alojados em cinco campos
de refugiados nas províncias de Aceh e Sumatra do Norte, ambas a norte da ilha
de Sumatra.
Na
Tailândia, a OIM indicou que assiste 372 rohingya e 19 bengalis, 58% dos quais
são mulheres e crianças, que estão em diferentes centros de detenção.
Os
imigrantes ilegais chegaram a terra em maio de 2015 após serem abandonados em
alto mar por máfias, pressionadas por uma campanha contra o tráfico de pessoas
na Tailândia e na Malásia.
A
operação foi desencadeada após terem sido encontradas valas comuns e campos
clandestinos na selva que faz fronteira entre os dois países, onde os
traficantes retinham os imigrantes até estes pagarem para poderem chegar à
Malásia, o seu destino final.
ISG
// MP
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