Díli, 10 set (Lusa) - Timor-Leste
tem oficialmente a funcionar desde este mês, depois de dois meses em teste, o
seu primeiro serviço de marcação de transporte através de uma aplicação de
'smarthphone', o Lais, ou 'rápido' em tétum.
Para já o serviço só tem dois
carros - com que tem testado a aplicação e começado a dar a conhecer o serviço
na capital timorense - mas há já várias aplicações de registo de motoristas,
explicou à Lusa Lawrence Lledo, responsável de operações da Lais.
A empresa timorense começou a ser
desenvolvida há um ano e o processo mais demorado foi o registo na Apple, para
que a aplicação pudesse estar disponível tanto nos telefones Android como nos
iPhones.
"Demorou mais de meio ano a
conseguirmos completar todos os registos na Apple porque Timor-Leste ainda não
está totalmente reconhecido pela empresa", disse, recordando que os
telefones desta marca ainda não oferecem serviços 4G no país.
"Tivemos que manter um longo
processo negocial com a Apple e finalmente conseguimos ter tudo a funcionar e
arrancámos em testes há cerca de dois meses", explicou.
Parte do grupo Instant Shop - uma
das principais gráficas que operam em Timor-Leste - a Lais oferece um serviço
normal e outro executivo, recorrendo a carros da frota de táxis que já opera em
Timor-Leste.
Os condutores são assalariados
mas, no futuro, haverá condutores privados independentes, explicou.
Segundo a responsável, o serviço
funciona entre as 07:00 e as 23:00 e o pagamento tem de ser feito em dinheiro
porque os cartões de crédito estão pouco difundidos no país.
O serviço é o mais tecnológico
dos serviços de transportes de táxi ou equivalente em Timor-Leste onde são
dominantes os 'famosos' táxis amarelos.
Há ainda um outro serviço, o
Corrotrans que permite já marcação por telefone o que torna mais seguro o
transporte, especialmente durante a noite e madrugada.
Outros serviços menos oficiais
têm surgido e nos últimos dias, por exemplo, a Direção Nacional de Transportes
Terrestres conduziu uma operação para travar veículos que anunciavam serviços
de táxi sem licença correspondente.
A maior rede de transporte
público do país continua a ser a de microletes, pequenas e coloridas carrinhas
de transporte de passageiros, numeradas e que percorrem com itinerários
pré-determinados praticamente toda a capital.
Para transportes intermunicipais
há ainda 'biscotas', autocarros de maior dimensão.
ASP // VM
Imagem: Lais iha Facebook
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