Díli,
28 abr (Lusa) - A função pública timorense tinha no final do ano passado 32.918
funcionários, um aumento de 20% (mais 5.480) que no final de 2013 que se deveu,
em grande parte, à incorporação de 4.015 professores voluntários.
Os
dados fazem parte do Relatório Anual de Atividades da Comissão da Função
Pública referente a 2014, apresentado no Parlamento Nacional, que explica que
41,1% dos funcionários (13.422) estão em Díli.
A
média etária dos funcionários é de 41,4 anos, mas o maior grupo é o que tem entre
30 e 39 anos (11.251 ou 34% do total), sendo que 55% terminaram a escola
secundária.
O
quadro da função pública timorense inclui cerca de 3.800 trabalhadores com
menos de 12 anos de escolaridade, 3.753 com bacharelato, 6.749 com
licenciatura, 39 com pós-graduação, 517 com mestrado e 12 com doutoramento.
Dois
terços dos funcionários públicos timorenses são homens, refere o relatório que
explica que, no ano passado, abriu 154 processos disciplinares afetando 97
funcionários.
O
estudo explica que foram apresentados 237 requerimentos de atribuição de pensão
(143 de sobrevivência, 80 de velhice e 14 de invalidez) e que "neste
momento estão a receber pensões um total de 492 funcionários".
O
relatório foi divulgado numa altura em que o Governo timorense está a
reformular o processo de contratação de funcionários públicos e de contratação
de assistência técnica internacional.
No
passado dia 26 de março o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um
decreto-lei que aprova o Regime Jurídico dos contratos de trabalho a termo
certo na Administração Pública e que pretende "garantir que cada contrato
de trabalho (...) respeita o princípio de custo-benefício que deve nortear uma
gestão pública eficiente, e que assegura a produtividade e a qualidade dos
serviços".
Trata-se,
explica o Governo em comunicado, de "fortalecer e solidificar e ao mesmo
tempo assegurar uma gestão disciplinada dos recursos financeiros e
humanos" da Administração Pública.
Mais
recentemente o próprio primeiro-ministro, Rui Maria Araújo, referiu-se a esta
questão na sua página no facebook recordando que entre 2002 e 2014 o Estado
gastou em salários e vencimentos 924,51 milhões de dólares (só em 2014 foram
162,38 milhões) e que entre 2004 e 2014 os gastos com "serviços
profissionais" - maioritariamente para a contratação de assessores -
ultrapassaram os 313,7 milhões de dólares.
"Durante
12 anos não houve quadro legal para regular o processo de recrutamento e
remuneração dos assessores", recorda, explicando que por isso o Governo
aprovou o novo decreto-lei que ainda não foi promulgado pelo chefe de Estado.
ASP
// JCS
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