Pequim,
22 jul (Lusa) -- A China rejeitou hoje os receios do Japão sobre a construção
de ilhas artificiais por Pequim nos mares asiáticos e anunciou que continuará a
levar a cabo estas atividades que considerou "normais" nas águas
"dentro da sua soberania".
Em
comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang,
reagia ao Livro Branco de Defesa japonesa, aprovado na terça-feira, o qual
demonstra a crescente preocupação de Tóquio em relação à construção de ilhas
artificiais por Pequim no Mar da China Oriental e do Mar do Sul da China.
"Instamos
solenemente o Japão a deixar de causar tensões e provocar conflitos e a
contribuir mais para a paz e estabilidade regional", disse o porta-voz
chinês.
Lu
advertiu que as afirmações de Tóquio "prejudicam a confiança mútua
política e de segurança entre a China e o Japão".
Além
disso, o porta-voz considerou que o conteúdo do Livro Branco da Defesa do Japão
"ignora os factos e faz declarações irresponsáveis sobre o normal
crescimento militar e as normais atividades marítimas de China".
Para
Lu, a construção de ilhas artificiais em recifes, assim como as explorações de
gás e petróleo nas águas disputadas, são "justificadas, razoáveis e
legítimas" e avançou que o gigante asiático continuará a levar a cabo estas
atividades.
As
autoridades chinesas anunciaram na terça-feira, horas depois da aprovação do
documento japonês, que vão realizar novas construções nas ilhas Spratly (Nasha
em chinês), cuja soberania é reclamada por vários países.
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