Pequim,
03 ago (Lusa) - Um tribunal de Tianjin, no norte da China, começou hoje a
julgar o ativista Hu Shigen, no segundo de quatro julgamentos marcados para
esta semana dentro de uma campanha de Pequim contra advogados dos Direitos
Humanos.
Segundo
informou a agência oficial Xinhua, Hu é acusado de "subversão", uma
acusação muito grave na China e cuja pena máxima é prisão perpétua.
Na
terça-feira, o também ativista Zhai Yanmin foi punido com três anos de prisão
com pena suspensa por quatro anos devido ao mesmo crime.
Hu
e Zhai fazem parte do grupo de quatro ativistas que serão julgados esta semana,
em Tianjin, entre os quais está Zhou Shifeng, diretor do prestigiado escritório
Shengrui.
O
tribunal detalhou na terça-feira, durante o julgamento de Zhai, que este e três
outras pessoas, que incluem ainda Li Heping, "conspiraram e fabricaram uma
subversão contra o poder do Estado" e "estabeleceram um sistema
ideológico, um método e os passos necessários para o fazer".
A
vaga de detenções de advogados começou no ano passado, como parte de uma
campanha repressiva lançada por Pequim contra ativistas dos Direitos Humanos.
Das
centenas de detidos, mais de cem continuam sob custódia da polícia e não
tiveram acesso a um advogado da sua escolha ou autorização para contactarem
familiares.
JOYP
// MP
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