Sydney,
Austrália, 06 fev (Lusa) -- Quase 4.050 pessoas denunciaram abusos sexuais a
menores perpetrados por membros da Igreja católica na Austrália entre 1980 e
2015, segundo um relatório apresentado hoje, no início de uma nova ronda de
audiências da comissão que investiga estes crimes.
A
comissão está encarregada de investigar a resposta oficial aos abusos sexuais
de menores na Austrália desde 1950.
No
primeiro dia, a advogada conselheira da comissão, Gail Furness, disse que foram
recebidas 4.444 denúncias e que estas implicam centenas de religiosos, 93 dos
quais de altos cargos da Igreja, e afetam mais de um milhar de instituições.
Os
dados compilados indicam que 78% dos denunciantes eram homens e os outros 22%
do sexo feminino.
Também
foi revelado que a idade média das vítimas foi de 11,6 anos no caso dos rapazes
e de 10,5 anos nas raparigas e que demoraram uma média de 33 anos a apresentar
as denúncias desde que foram cometidos os alegados abusos.
"Das
1.880 pessoas identificadas como alegadas perpetradoras [dos crimes], 597 eram
religiosos, 572 sacerdotes, 543 laicos e 96 eram religiosas", disse
Furness.
FV
// SB
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