As
944 mesas de voto instaladas para a eleição do Presidente da República em
Timor-Leste abriram às 07:00 de segunda-feira, hora local em Díli, com
funcionários e fiscais eleitorais, efetivos policiais e observadores a serem os
primeiros a votar.
Num
país onde, normalmente, a vida começa bastante cedo, mesmo antes das urnas
abrirem às 07:00 (22:00 de domingo em Lisboa) já havia filas de eleitores à
espera de votar no primeiro sufrágio organizado pelas autoridades timorenses
sem assistência das Nações Unidas.
O
processo eleitoral está a ser organizado pelo Secretariado Técnico de
Assistência Eleitoral (STAE), com o voto a ser supervisionado pela Comissão
Nacional de Eleições (CNE).
Os
eleitores têm até às 15:00 (06:00 em Lisboa) para escolher entre oito
candidatos. Caso
nenhum obtenha mais de 50% dos votos terá que se realizar uma segunda volta,
marcada para 20 de abril.
Quem
for eleito será o quarto chefe de Estado, depois de Xanana Gusmão (2002-2007),
José Ramos-Horta (2007-2012) e Taur Matan Ruak (2012-2017).
O
Governo timorense concedeu tolerância de ponto a todos os funcionários públicos
no dia da votação e na terça-feira, para que todos possam votar nas suas zonas
e depois regressar ao local onde vivem.
Em
Timor-Leste, onde podem votar todos os cidadãos com mais de 17 anos, estão
registados 743.150 eleitores residentes nos 13 municípios do país, a que se
somam os registados nos únicos três centros de votação no estrangeiro: 886 na
Austrália (228 em Darwin e 658 em Sydney) e 507 em Lisboa, segundo dados
fornecidos à Lusa pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
Os
atos eleitorais deste ano serão os primeiros com votação de timorenses na
diáspora, nomeadamente em Portugal e na Austrália, numa iniciativa que o
Governo quer alargar no futuro.
As
eleições presidenciais deverão ter 944 mesas de voto em 696 centros de votação,
o que obrigou à contratação de mais de 10 mil funcionários para acompanhamento
eleitoral.
Haverá
ainda "votação ambulante" nos seis hospitais do país - o nacional
Guido Valadares em Díli e os de referências em Ainaro, Baucau, Bobonaro,
Covalima e Oecusse - e nos estabelecimentos prisionais de Gleno e Becora.
ASP
// VAM - Lusa
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