As
autoridades da Malásia informaram hoje que os 139 túmulos encontrados nos 28
acampamentos clandestinos de imigrantes no norte contêm cada um restos mortais
de uma pessoa, em vez de várias, como temiam inicialmente.
O
vice-ministro do interior, Wan Junaidi Tuanku Jaafar, adiantou que as equipas
forenses chegaram a esta conclusão depois de limparem a área e medirem cada uma
das sepulturas, explicando que os funerais foram realizados respeitando as
crenças das vítimas.
"A
equipa forense determinou que os corpos não estavam deitados uns em cima dos
outros, como nós suspeitámos no princípio", disse Junaidi, em Wang Kelian , onde está
a ser coordenada a operação para exumar os cadáveres, segundo o jornal New
Straits Times, que revela que os corpos estavam "todos cobertos com uma
mortalha branca e receberam uma sepultura correta", sendo alguns túmulos
uperficiais e outros mais profundos.
Enquanto
isso, as equipas forenses continuam com a exumação dos restos mortais, uma
tarefa difícil devido às dificuldades de acesso a esta área remota, o que, de
acordo com Junaidi, vai obrigar a "alguns dias para ficarem
concluídas".
Até
agora, quatro corpos foram desenterrados e encontrados restos de esqueletos nos
túmulos da colina Bukit Wang Birmânia, mas continuam por recuperar cerca de uma
centena de cadáveres.
Os
acampamentos e túmulos foram encontrados no estado de Perlis, numa zona de
floresta junto à fronteira que a malásia e a Tailândia comprtilham.
As
autoridades da Malásia prenderam cerca de cinquenta pessoas alegadamente
ligadas ao tráfico de pessoas, incluindo dois polícias, disse Wan Junaidi. Na
quarta-feira, o jornal The Star noticiou que eram 12 os polícias envolvidos.
As
autoridades tailandesas descobriram no início de maio oito acampamentos,
dezenas de sepulturas e resgataram mais de 300 imigrantes, incluindo 60
rohinyás, uma minoria muçulmana perseguida em partes de Bangladesh e da
Birmânia (Myanmar).
A
operação tailandesa desencadeou uma crise de imigrantes ilegais na região, com
o aparecimento de inúmeros barcos com indocumentados abandonados por
traficantes em águas indonésias e malaias.
Representantes
de 17 países e organizações vão reunir-se em Banguecoque na sexta-feira, para
desenvolverem medidas para combater esta crise.
Notícias
Ao Minuto com Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário